10/08/2004 17h15 – Atualizado em 10/08/2004 17h15
O engenheiro agrônomo Francisco Aragão, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, lança mão da biotecnologia para desenvolver plantas de feijão resistentes ao mosaico dourado – um vírus que ataca e prejudica seriamente a produção do grão no Brasil.
Em entrevista ao site Biotec pra Galera, Aragão disse que a planta contaminada com o mosaico dourado produz um número muito pequeno de grãos e sementes deformadas. Para obter um feijão mais resistente, introduziu-se um gene do próprio vírus, que gerou nas plantas uma resistência maior, graças à presença de uma proteína chamada REP.
“O feijão está sendo pesquisado dentro da Rede de Biossegurança da Embrapa e são realizados estudos para avaliar sua segurança para o consumidor e meio ambiente”, explicou. Aragão assegurou que, se os resultados forem bons, ao longo dos estudos no campo e das avaliações de biossegurança, a expectativa de comercialização desses feijões acontecerá num prazo de cinco anos.
Segundo o pesquisador, a Embrapa trabalha atualmente na modificação de cerca de 13 espécies de plantas. “São pesquisas que se concentram na prospecção, caracterização e expressão de genes em organismos-modelo e, depois, em plantas de interesses socioeconômicos”, afirmou Aragão. Ele acrescentou que “esses genes visam obter nas plantas características importantes para o manejo agrícola e para o mercado, como melhoramento nutricional, resistências a pragas, tolerância à seca, ao frio e ao calor”.
Fonte:Dourados News





