06/08/2004 17h15 – Atualizado em 06/08/2004 17h15
O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Jack Fuller, alertou sobre o “grande risco” que paira sobre o jornalismo em vários países da América Latina devido às restrições feitas à expressão e às contínuas ameaças de violência.
“Acho que em muitos países da região há um grande risco para o jornalismo. Na Colômbia, por exemplo, a violência contra os jornalistas é o principal problema. Em outras nações, há dificuldades devido aos impedimentos ao trabalho da imprensa independente”, disse em declarações publicadas hoje pelo jornal “El Comercio”.
Ele acrescentou que a situação mais grave é a que se apresenta em Cuba, “que é uma sociedade fechada”.
“Também há problemas na Venezuela, pelas restrições e as ameaças físicas aos jornalistas, embora os países que apresentam mais riscos para os jornalistas são Colômbia e México”, acrescentou Fuller, que participou em uma conferência sobre justiça e imprensa feita em Quito.
O maior representante da SIP disse estar “preocupado” com o crescimento das correntes políticas populistas.
“Depois de mais de duas décadas de democracia, na zona andina especialmente se experimenta uma crise dos sistemas que se expressa na relação cada vez mais tensa entre a imprensa livre e o poder. A instabilidade política desnuda atitudes populistas do poder que deriva em excessos e em ataques à imprensa”, acrescentou.
Por outra parte, disse estar satisfeito com a Lei de Acesso à Informação aprovada neste ano no Equador, que se converte em um país pioneiro neste tipo de decisões, indicou.
“O ideal é que esta iniciativa se estenda a outros países”, disse ao se referir à lei que garante aos jornalistas e a cidadania em geral o direito de receber informação das entidades públicas quando solicitam.
Fonte: EFE
