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sexta-feira, 20 de junho de 2025

China em alerta contra instabilidade

03/06/2004 11h19 – Atualizado em 03/06/2004 11h19

O governo da China está em alerta contra nove fatores de instabilidade, entre os quais pressões da opinião pública para uma reavaliação das manifestações pró-democracia da praça da Paz Celestial (Tiananmen), disseram dois integrantes da liderança do país na quinta-feira. A agência do governo para estabilidade divulgou uma diretiva para jornais, redes de TV e outras agências oficiais depois de um encontro de emergência realizado em abril.

Os líderes da China comunista falam freqüentemente sobre a necessidade de preservar a estabilidade social e de afastar as ameaças ao sistema de partido único. Tendo isso em mente, a lista de ameaças inclui ainda a possibilidade de distúrbios provocados por desempregados e por agricultores sobrecarregados de impostos, além de manifestações pró-democracia em Hong Kong e problemas em Taiwan. “As autoridades têm a obrigação de informar a situação para os dirigentes do país”, afirmou uma fonte do governo, que não quis ter sua identidade revelada.

A agência pediu para que haja cuidado com os seguintes fatores de instabilidade:

Pressões da opinião pública para uma reabilitação dos protestos liderados por estudantes na praça da Paz Celestial e esmagados pelas Forças Armadas em 3 e 4 de junho de 1989.

Atividades da Falun Gong, um grupo semi-religioso banido em 1999 depois de fiéis terem realizado uma manifestação em Pequim.

Manifestações realizadas por trabalhadores demitidos, por moradores das áreas rural e urbana cujas casas foram retomadas pelo governo.

Atividades “terroristas” realizadas por militantes muçulmanos da região de Uigur, partidários da fundação de um Turquestão Oriental livre.

As conseqüências da eleição presidencial realizada em 20 de março em Taiwan. O governo chinês não confia no vencedor da disputa, o político pró-independência Chen Shui-bian.

Pressões para aumentar as liberdades democráticas de Hong Kong.

Uso da Internet para criar ou disseminar boatos, exagerar problemas ou politizar questões econômicas.

Potências estrangeiras usando a religião para se infiltrarem na China.

A disseminação da “liberalização burguesa”, jargão comunista para os valores do Ocidente, entre os quais um cenário político multipartidário, liberdade de expressão e separação entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Fonte: Reuters

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