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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Nova droga contra obesidade

12/05/2004 07h47 – Atualizado em 12/05/2004 07h47

Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma nova droga para a obesidade que bloqueia a irrigação sangüínea das células de gordura, impedindo que elas recebam nutrientes e oxigênio.

Ratos de laboratório alimentados com produtos altamente calóricos perderam 30% de seu peso em quatro semanas com o tratamento, originalmente criado para testar o combate ao câncer.

Os pesquisadores encontraram uma proteína, chamada de proibitina, que identifica as células de gordura e ajuda a construir uma rede de vasos capilares para alimentá-la.

Os cientistas, então, tornaram a proteína letal ao ligá-la a outra que é capaz de fazer com que as células dos vasos capilares “se suicidem”.

Menos fome

Essa combinação modificada se provou altamente eficiente em destruir o tecido gorduroso ao privá-lo de alimentação.

Injetadas nos ratos, as duas proteínas fizeram os animais comerem menos e terem sua taxa de metabolismo aumentada.

Os ratos também pareceram tolerar bem o tratamento, mostrando poucos sinais de efeitos colaterais.

Em artigo publicado na revista Nature Medicine, os cientistas, no entanto, afirmam que o estudo ainda está em fase inicial e que há um grande risco de efeitos colaterais.

Sabe-se, por exemplo, que a perda de células adiposas pode acarretar problemas como a acumulação de gordura em tecidos não gordurosos.

Os pesquisadores também alertam para o fato de que os resultados apresentados em ratos podem não ser os mesmos em humanos.

Babuínos

O próximo passo será testar o tratamento em babuínos, cuja metabolização da gordura é semelhante à do homem.

“Se mesmo uma fração do que descobrimos nos ratos se relacionar à biologia humana, estamos cuidadosamente otimistas de que teremos uma maneira de reverter a obesidade”, afirmou Renata Pasqualini, da equipe de pesquisadores.

O tratamento é semelhante ao realizado com uma nova classe de drogas anti-câncer, que “matam” os tumores ao cortar a irrigação sangüínea das células cancerígenas.

Fonte:BBC Brasil

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