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terça-feira, 17 de junho de 2025

Dormindo ou acordada, mesa-tenista sonha com Jogos Olímpicos

11/05/2004 08h08 – Atualizado em 11/05/2004 08h08

Aos 16 anos, Mariany Nonaka será a mais jovem mesa-tenista brasileira a disputar uma Olimpíada e não esconde a ansiedade. A vontade de que a viagem para Atenas chegue logo é tão grande que ela sonha com a competição.

“Dormindo, sonhei que estava na mesa jogando duplas, com as argolas (olímpicas) atrás, e ganhei. Era contra as chinesas, que são as mais difíceis, e dava um frio na barriga”, disse Mariany.

A mesa-tenista começou no esporte aos nove anos, influenciada pelo irmão e por preferir esportes individuais. Só não imaginava chegar às Olimpíadas tão cedo – em Atenas ela vai jogar duplas com Lígia Silva.

“A ficha está caindo aos poucos, e só vai cair mesmo quando eu chegar a Atenas, é uma coisa que eu só esperava realizar quando tivesse uns 20 e poucos anos”, disse ela, que também sonha acordada.

“Imagino o ginásio muito grande, com atletas mais fortes, eu com o uniforme, vendo atletas de outras modalidades. Quero conhecer a Vila, porque a do Pan-Americano (de Santo Domingo, em 2003) era gigante”.

CONCENTRAÇÃO

Para tentar satisfazer a curiosidade, ela chegou a perguntar ao veterano Hugo Hoyama, que vai disputar sua quarta Olimpíada, como é a competição. Isso, entretanto, não foi o suficiente, e ela faz planos para conhecer atletas como a ginasta Daiane dos Santos e o tenista Gustavo Kuerten.

A pouco menos de três meses dos Jogos de Atenas, que começam em 13 de agosto, o desafio de Mariany tem sido conciliar os treinos com a escola.

Ela treina três horas por dia, durante seis dias, sempre à tarde. De manhã ela vai para a escola – cursa o 2º ano do ensino médio – e aproveita as noites para estudar para as provas.

Para ajudar na concentração, Mariany tenta evitar os namoros, e a saída que encontrou foi apenas “ficar” com os garotos, sem muita responsabilidade.

“Prefiro ficar do que namorar, porque não gosto de me envolver. Começa a atrapalhar, brigo com o namorado e me desconcentro. Já aconteceu uma vez”, lembra.

Mariany garante que vai para Atenas sem sentir-se pressionada, pois sabe que suas chances são pequenas.

“Falo para todo mundo que vou para aprender, e que em 2008 terei chances”, projeta ela, que disputa neste mês o Latino-Americano Juvenil como preparação.

Fonte:Reuters

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