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domingo, 8 de junho de 2025

Famasul pede mudanças na rastreabilidade

04/05/2004 10h05 – Atualizado em 04/05/2004 10h05

As novas normas da rastreabilidade travam a comercialização do bovinos e podem provocar uma paralisação na exportação de carne, caso não seja corrigida imediatamente.

O Fórum de Discussão da Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), número 12004 que define as novas regras para a rastreabilidade promovido pela Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (03), concluiu que a novas regras prejudicam a atividade pecuária do país e precisam ser revistas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

A partir do Fórum foi formada uma comissão para discutir item por item e redigir um documento reivindicando mudanças no Sistema de Identificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). As propostas de mudanças serão encaminhadas pela Comissão Permanente de Pecuária de Corte ao Mapa após discussão com outros Estados da federação. As reuniões de Goiás e Mato Grosso já estão agendadas para os próximos dias.

Após uma reunião que durou de mais de três horas a comissão formada por produtores rurais, representantes da indústria frigorífica, empresas de rastreabilidade e entidades de classe chegaram a um consenso e decidiram pedir a mudança de vários artigos do instrução normativa.

O diretor secretário da Famasul, Ademar da Silva Júnior, que dirigiu a reunião disse que entre os itens listados destacam-se a exigência do Documento de Identificação Animal (DIA) para o transito de animais – a sugestão é que a emissão da Guia de Transito de Animal (GTA) não seja vinculada ao documento. Esse DIA deverá ser apresentado no frigorífico, porém não no transporte como foi colocada na norma, pois segundo a comissão, essa prática inviabiliza a comercialização.

A entrega do “anexo três” também foi muito questionada. O documento deve conter o número de cada animal que é transportado em um caminhão. Para que isso aconteça, explicam, o animal que está pronto para abate tem que passar pelo sistema de manejo dentro da propriedade por várias vezes, esse processo levaria mais de uma dia, causando estresse e consequentemente perda de peso.

Outro aspecto da instrução normativa que a comissão pede revisão é quanto a dupla identificação do animal – os produtores querem que a segunda identificação seja facultativa, podendo ser brinco ou marca fogo, de acordo com a marca e número da propriedade.

Além de outros itens, os prazos que são exigidos para o produtor rural se adequar ao Sisbov também foram debatidos. Eles foram considerados muito apertados em especial o prazo para o gado que vai para leilão e o gado de elite para exposição.

Fonte:Famasul

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