04/05/2004 10h13 – Atualizado em 04/05/2004 10h13
Pelé desistiu de ser empresário de futebol após 13 anos marcados por escândalos e grandes negócios no milionário mundo do marketing esportivo.
A Pelé Pro, agência criada em 2001 com o fim da parceria de 18 anos com o empresário carioca Hélio Viana, foi desativada. Será oficialmente extinta assim que seu principal sócio, Pelé, pagar cerca de R$ 1,5 milhão em dívidas com bancos e outros credores.
Durante as quase três décadas em que, direta ou indiretamente, teve atuação como empresário de futebol, o Atleta do Século acumulou inimigos.
O principal deles foi Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Ao acusar a entidade de corrupção na venda dos direitos das competições nacionais, Pelé virou persona non grata na Fifa até o fim da era João Havelange, em 1998.
Sua atuação como empresário também gerou questionamentos éticos durante o período em que foi ministro extraordinário dos Esportes (1995-1998), na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A partir de agora, o ex-jogador vai focar suas ações apenas na exploração de seu nome. A diferença é que não será ele, sozinho, que desenvolverá os projetos relacionados à marca Pelé.
O motivo oficial para a decisão é que Pelé, 63, quer descansar. A pedido da família, o ex-jogador, que se recupera de cirurgia no olho, deve diminuir o ritmo de trabalho, reduzirá as aparições em eventos, mas seguirá como garoto-propaganda.
Fonte:Folha de S.Paulo