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sábado, 7 de junho de 2025

Cargill reage com violência a protesto

03/05/2004 09h46 – Atualizado em 03/05/2004 09h46

Cerca de 800 pessoas dos movimentos sociais da região de Santarém, no Pará, marcharam no final desta tarde em direção à Delegacia de Polícia Civil da cidade para apoiar os ativistas do Greenpeace que foram presos durante protesto contra o terminal graneleiro da Cargill (1), construído irregularmente no porto de Santarém. Os ativistas foram liberados no início da noite. A data foi escolhida por movimentos sociais da região para demonstrar que a presença da multinacional americana alimenta o desmatamento perverso que afeta a Amazônia sem trazer benefícios para o País ou para a região.

No Dia do Trabalho, o Greenpeace se juntou a diversas organizações sociais em Santarém, no Pará, para participar do seminário “Levante Amazônia”, que discutiu a expansão da monocultura da soja na região e o modelo de ocupação que não respeita os modos de vida dos povos da Amazônia. Os ativistas escalaram a ponte do terminal e subiram no telhado da empresa, mas foram detidos pela Polícia Militar antes de abrir a faixa com a mensagem: “Cargill: Porta da Destruição”.

Mais tarde, os ativistas do Greenpeace se juntaram a um grupo de dezenas de mulheres do Movimento Organizado de Mullheres do Baixo Amazonas que protestava em frente ao portão principal da empresa com martelinhos de madeira para simbolizar a demolição da unidade da Cargill na região. Os manifestantes foram recebidos com violência por funcionários e apoiadores da Cargill. Fotógrafos e câmeras que documentavam o protesto também foram agredidos.

“Nós só lamentamos que um protesto pacífico de comunidades pela defesa de suas florestas resulte em violência. Enquanto a força for usada por grupos em disputa, estaremos longe das soluções justas e sustentáveis”, disse Nilo D’Avila, da campanha da Amazônia do Greenpeace. “O protesto das comunidades locais da região de Santarém é um grito contra o avanço da soja na Amazônia e seus terríveis impactos sociais e ambientais”.

Fonte:Greenpeace

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