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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Hidrovia: Brasil quer eliminar restrições da Bolívia ao mar

26/04/2004 13h59 – Atualizado em 26/04/2004 13h59

O superintendente da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar), Fermiano Yarzon, anunciou que o Ministério dos Transportes e o governo do Estado estão empenhados em melhorar as condições de navegabilidade no único canal de acesso da Bolívia ao rio Paraguai, na fronteira com Corumbá, e ao mar.

Rochas localizadas no Canal do Tamengo e o vão estreito da captação de água da Sanesul, no rio Paraguai, são algumas restrições. O assunto está sendo tratado desde o início do ano pelo governo brasileiro, com a interveniência do Estado, e foi um dos temas discutidos pelo governador Zeca do PT com autoridades bolivianas na semana passada, em Santa Cruz de La Sierra.

O impulso ao transporte fluvial daquele país faz parte das negociações e acordos bilaterais firmados pelo Brasil para viabilizar o corredor bioceânico e a integração física latino-americana, através do modal hidro-rodo-ferroviário.

Os estudos para melhorar a navegação entre o Canal do Tamengo e o Farol Balduíno, este situado em frente ao porto-geral de Corumbá, envolvem também a Marinha, o Ministério das Relações Exteriores, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Comitê Intergovernamental da Hidrovia (CIH).

“A operacionalização da hidrovia é um fator fundamental na formação do grande eixo de integração física e comercial do Mercosul”, disse o superintendente da Ahipar.

Atualmente, as embarcações provenientes dos portos bolivianos, situados na fronteira, têm restrições para chegar ao rio Paraguai. São utilizados apenas comboios com duas barcaças (oito mil toneladas), quando a demanda exige o dobro. Este fator limita a movimentação de cargas e encarece o frete.

Os estudos técnicos e de impacto ambiental estão centrados em dois pontos: as rochas localizadas no canal de navegação, da fronteira até o Farol Balduíno, e o risco de acidente no vão da estrutura de captação de água, sistema que abastece a cidade de Corumbá, com maior número de barcaças.

No caso da captação, uma das alternativas seria implantar uma tubulação subaquática, mantendo a antiga estrutura, um dos cartões-postais da cidade. Uma nova reunião binacional para discutir as ações está prevista para o próximo mês de maio, sob a coordenação da Ahipar e do CIH.

Fonte:Agência Popular

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