12/02/2004 07h46 – Atualizado em 12/02/2004 07h46
Parar de tomar o coquetel de medicamentos contra o vírus causador da Aids não é necessariamente algo ruim, contanto que o paciente siga as instruções do médico e não se aventure a interromper o tratamento sozinho.
Essa conclusão veio de um estudo feito por Domingos Matos, 36, médico da Universidade Federal do Pará. A partir da observação de 35 pacientes entre julho de 1999 e meados de 2000, ele constatou que um terço dos pacientes é beneficiado por uma parada de três meses no consumo das drogas.
Orientado por Ricardo Diaz, da Universidade Federal de São Paulo, Matos fez dessa pesquisa seu estudo de doutorado. Os resultados são importante referência para os médicos decidirem se e quando devem seguir uma estratégia de interrupção estruturada ao receitar drogas contra o HIV.
Esse método começou a ser introduzido no rol das formas de combater o vírus em 1999, quando começaram a aparecer variantes do HIV que já não eram mais sensíveis aos medicamentos existentes. A idéia dos médicos foi então incitar, ao menos temporariamente, uma guerra entre as versões fracas do vírus, que estavam sucumbindo ao tratamento, e as versões resistentes, cada vez em maior número no organismo.
Fonte:Folha de S.Paulo




