12/02/2004 09h12 – Atualizado em 12/02/2004 09h12
Os peritos da Previdência Social em Mato Grosso do Sul estão preparando um esquema de atendimento para o fim da greve, que começou em 3 de dezembro do ano passado. Conforme o chefe dos peritos do Estado, César Augusto de Oliveira, a assembléia, que será realizada hoje, às 11h, em Brasília, deve definir um acordo entre a categoria e o INSS. O médico acredita que o atendimento deve ser retomado na segunda-feira, dia 16.
Ontem, conforme Oliveira, houve reunião em Campo Grande entre os peritos e as gerencias do INSS para acertar estratégias para o retorno do atendimento.
Caso, na reunião de Brasília, a categoria decida voltar ao trabalho, os peritos do Estado vão se reunir amanhã para fechar o esquema de atendimento. Segundo o médico, a prioridade será atender as pessoas que estão afastadas do trabalho e que precisam receber o beneficio, além das pessoas que já tem condições de voltar ao trabalho, mas que aguardam ainda a perícia para ter a alta médica.
Ele disse que os que estão de licença e continuam o beneficio serão convocados posteriormente. O médico falou que em 15 dias o atendimento deve ser regularizado em Mato Grosso do Sul. A intenção é que os médicos, com o fim da greve, passem a atender 18 pessoas por dia. No Estado, 600 pessoas aguardam pelo atendimento.
Proposta
O governo alterou pouco do que já havia apresentado aos grevistas na reunião anterior, ocorrida na terça-feira. A única concessão foi um aumento de 5% nas remunerações até o final da estruturação da carreira em dezembro de 2006.
“Hoje um médico em final de carreira ganha R$ 1.176,00 como vencimento básico. Nossa proposta nesta reunião é que o valor possa chegar a R$ 3.730,00 em dezembro de 2006. O acordo que tínhamos feito antes era que um médico em final de carreira com jornada integral de 40 horas receberia R$ 4696. Na terça-feira, quando propusemos alongar por mais um ano a estruturação da carreira foi com a finalidade de poder chegar a este valor”, explicou o vice-presidente da Associação dos Médicos Peritos da Previdência Social, Luiz Carlos Argolo.
O concurso para contratação de 3 mil médicos, a jornada de 40 horas e o fim da terceirização em prazo de dois anos são os pontos da estruturação da carreira que foram mantidos. No entanto, o impasse quanto à remuneração pode levar a categoria a optar pela continuidade da paralisação.
Fonte:RMT online




