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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Robô aspirador de pó vira sucesso nos Estados Unidos

12/02/2004 15h39 – Atualizado em 12/02/2004 15h39

Eles fazem os trabalhos que ninguém mais quer, com atenção inacreditável aos detalhes. Mesmo assim, não existe governo ou partido político propondo restrições para mantê-los de fora, pelo menos por enquanto.

Essa nova categoria de trabalhadores é composta por robôs que executam suas tarefas automaticamente. E, para centenas de milhares de consumidores norte-americanos que têm em casa o aspirador de pó robotizado Roomba, a visão secular de automatizar uma tarefa sempre trabalhosa se tornou real, e até mesmo uma fonte de diversão.

O Roomba, um robô em formato de disco com cerca de 25 centímetros de altura que circula pelo assoalho, se rebate nas paredes e entra com facilidade embaixo dos móveis, é a manifestação mais acessível aos consumidores da iRobot, a líder emergente no mercado de robótica de baixo custo.

“Não estamos mais vendendo apenas para os adeptos da tecnologia. Agora, nossos consumidores são pessoas que querem aspirar a casa”, diz a fundadora e presidente da iRobot, Helen Grunier, engenheira que se transformou em empresária da robótica. “Além de sermos fãs dos robôs, também somos pessoas práticas.”

A era dos eletrodomésticos automáticos chegou, diz Grunier, 36, que fundou a iRobot com um colega ao se formar na faculdade, com 22 anos.

Estamos entrando em uma era na qual robôs serão encarregados de diversas tarefas simples de manutenção. A era do assistente pessoal robotizado está começando.

“Essa é apenas a ponta do iceberg, no que tange à nova tecnologia”, disse Grunier em entrevista durante a conferência Odocument.write Chr(39)Reilly sobre tecnologia emergente, em San Diego, esta semana.

O sucesso do Roomba inspirou vários competidores como Electrolux e Karcher. Eles produzem robôs de limpeza mais caros que usam tecnologia de sonar e laser para se direcionarem e têm preços de entre 1.200 e 1.800 dólares. Entretanto, estão longe dos modelos infravermelhos do Roomba, que custam entre 200 e 300 dólares.

Os robôs de baixo custo que equipam o Roomba tornaram a aspiração de pó popular entre hackers e pesquisadores acadêmicos, que desmontam o robô para vê-lo funcionar. De fato, o produto se tornou uma plataforma de desenvolvimento para hobbistas interessados em criar novas aplicações.

“Conseguimos mais de 50 milhões de dólares em negócios no ano passado”, graças à venda de “centenas de milhares de unidades” do Roomba e de robôs para pesquisa e aplicações militares, disse Grunier.

ENTRE MILITARES

Mais longe de casa, o PackBot da iRobot foi colocado em ação pelo exército norte-americano para reconhecimento no campo de batalha e missões de busca e destruição envolvendo explosivos ou neutralização de munições no Afeganistão e Iraque.

O PackBot foi construído para operar em condições adversas, como a navegação por terreno íngreme, exploração de cavernas nas montanhas, descida de encostas abruptas e travessia de pequenos rios. Funciona como um veículo de transporte miniaturizado, carregando câmeras e outros equipamentos de detecção, e mantém os soldados que o controlam fora do alcance do inimigo.

Há dezenas de robôs em serviço ativo, diz Grunier, mas não quis comentar quantos deles foram danificados ou destruídos em ação.

Fonte:Reuters

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