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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Vendas indicam document.write Chr(39)renascimento

23/01/2004 08h31 – Atualizado em 23/01/2004 08h31

O rock renasceu. Vendas de revistas, instrumentos e CDs indicam que as vacas magras dos roqueiros ficaram, pelo menos na Grã-Bretanha, para trás.

“Lançamos uma revista para amantes do rock no ano passado, a Uncut, e hoje ela é uma das mais vendidas do gênero da Grã-Bretanha e vende muito bem no exterior também”, afirmou Tim Brooks, o gerente-executivo da editora IPC Ignite, que conta também com o semanário New Musical Express, a NME, no seu catálogo.

Brooks conta que a Uncut vende hoje 100 mil cópias por edição, enquanto a NME – que completa 51 anos em 2004 – tem uma tiragem de 75 mil exemplares por semana.

O interesse pelo velho rockdocument.write Chr(39)ndocument.write Chr(39)roll – reciclado por bandas como White Stripes e Kings of Leon – se traduz também em um aumento de 30% nas vendas de guitarras nos últimos dois anos, segundo a Associação das Indústrias Musicais (AIM) da Grã-Bretanha.

Mordida maior

Hoje, a parcela do mercado musical dominada por guitarras, amplificadores e afins chega a 29%.

“No último Natal, deu para perceber um aumento muito grande em relação ao ano anterior. Há muitas pessoas querendo aprender guitarra e melhorando o equipamento que já têm”, afirma Peter Southern, gerente da Rhodes Music, uma das grandes lojas de guitarras do centro de Londres.

A procura por contrabaixos também subiu 11% no período, segundo a AIM.

Com bandas-revelação como The Darkness e Franz Ferdinand ocupando as primeiras posições das paradas de singles britânicas, não poderia haver marketing melhor.

As lojas de instrumentos musicais também constataram um movimento maior nos últimos tempos.

Os últimos dados da indústria fonográfica britânica confirmam a tendência: em 2002, o rock abocanhou 31% do mercado, ficando pela primeira vez com a maior fatia e deixando o pop para trás, com 30%.

Ao mesmo tempo, o gênero parece estar substituindo a dance music como favorito dos jovens britânicos.

A parcela da música dance no mercado caiu dos 34% de 1991, auge da cultura clubber, para 14,5%, no ano passado.

Muzik

A queda foi tão vertiginosa que as casas noturnas gigantes que abrigavam as festas tecno foram obrigadas a diminuir de tamanho.

No caso da revista especializada Muzik, a medida foi ainda mais drástica.

“Tivemos que acabar com a nossa revista dedicada à música dance porque as vendas dela despencaram pela metade”, conta Tim Brooks, da editora IPC Ignite.

Se, pelo menos em termos de vendas, o rock vem mostrando que não morreu, será o defunto da dance?

“Acho isso uma grande bobagem. Quando o rock está dominante, a dance music reage. Quando a dance music fica dominante, o rock mostra uma reação”, afirma o DJ e crítico de música Carlos Albuquerque.

“Eu acho que os dois vão sempre existir, e bandas como Chemical Brothers e Audio Bullys são a prova de que os dois estão sempre lado a lado. Muitas vezes se cruzando para formar uma música nova, um som híbrido”, conclui o crítico.

Fonte:BBC Brasil

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