22/01/2004 08h13 – Atualizado em 22/01/2004 08h13
Quase 80 mil toneladas de material vindo do espaço atingem a Terra todos os anos. E esse será um dos temas discutidos no OAL (Observatório Astronômico de Lisboa), que acontece na capital portuguesa este mês. Na ocasião, especialistas vão alertar para a necessidade de vigiar alguns destes objetos.
Apesar da maior parte deste material ser composta por pequenos meteoritos com menos de um milímetro cada, alguns deles têm de ser vigiados pelo perigo que representam, consideram.
O ciclo de palestras públicas mensais do OAL começa no dia 30 de janeiro.
As partículas de cometas que caem na Terra são o tema da primeira palestra do ciclo, por José Monteiro, professor da Faculdade de Ciências de Lisboa, sob o tema “Meteoritos: Deuses da vida e da terra”.
No seu movimento em torno do Sol, todos os anos, a Terra recebe 78 mil toneladas de material extraterrestre, a maior parte micrometeoritos (partículas rochosas provenientes de cometas e asteróides com dimensões inferiores ao milímetro).
Os meteoritos (de dimensões maiores) sempre tiveram um papel de destaque na vida dos nossos antepassados e a sua aceitação como “pedras caídas do céu” foi sugerida desde a Antiguidade.
Porém, só em 1807 ficou estabelecido pelo físico Jean Baptiste Biot que os meteoritos eram realmente provenientes do espaço.
Atualmente 165 crateras são reconhecidamente resultantes do impacto destes objetos contra a superfície da Terra (algumas com mais de 200 km de diâmetro). Segundo os especialistas, a cada ano entre três e cinco novas crateras são adicionadas à lista.
A órbita da Terra é constantemente atravessada por várias centenas de fragmentos de asteróides e restos de velhos cometas, que algumas vezes passam muito perto do nosso planeta.
A colisão direta desses materiais com a Terra pode ter efeitos de consequências dramáticas para o clima, fauna e flora do planeta.
Fonte:Agência Lusa