16/12/2003 08h04 – Atualizado em 16/12/2003 08h04
Depois de esperar por 11 meses para receber repasse previsto por convênio com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o Iagro recebeu ontem a notícia de que o recurso será liberado esta semana, mas corresponde a somente 6,6% dos R$ 14 milhões pleiteados, ou seja, R$ 935 mil. Trabalhando no limite de arrecadação para custeio e sem possibilidades de fazer investimentos, o órgão avalia a situação com preocupação. “Estão brincando com coisa séria”, reclama o diretor de Inspeção e Defesa Sanitária Animal, Osvaldo Pereira Dias. Ele lembra que o agronegócio é o grande propulsor da balança comercial nacional, com destaque a agropecuária e que o descaso com repasse de verbas pode comprometer as ações de defesa sanitária, importantes para assegurar que o País fique longe de restrições pelos mercados consumidores. Mato Grosso do Sul está em uma posição delicada, embora seja considerado livre de febre aftosa, fazendo fronteira com o Paraguai e Bolívia, ambos com focos da doença confirmados. O último caso registrado no Estado foi em 1999 e comprovadamente vindo do Paraguai.
“O dinheiro tinha que vir mensalmente. Inicialmente pedimos R$ 14 milhões, eles baixaram para R$ 3 milhões e agora só vamos receber R$ 935 mil”, compara. Por falta de recursos, um dos grandes problemas amargados pela Agência é que não há uma rede interligada entre todos os postos fiscais, o que agilizaria o trabalho.
Com o recurso esperado para esta semana, a meta é investir em aparelhos, centrífugas, aparelhar escritórios para exame de brucelose e inoculações tuberculinas; comprar seringas especiais; aparelho para medir a reação da tuberculina para fazer inoculação, além da realização de curso de aprimoramento já previsto pelo Mapa e em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), para especialização em Epidemiologia.
Fonte:Campo Grande News