16/12/2003 14h12 – Atualizado em 16/12/2003 14h12
As futuras mamães que possuem sangue do tipo RH negativo, casadas com homens do fator RH positivo, devem ter cuidado redobrado antes e durante a gravidez. Motivo: existe grande possibilidade do bebê nascer com a chamada Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN).
Causada pela incompatibilidade de sangue entre a mãe e o feto, a doença atingiu, entre janeiro de 98 e setembro de 2000, mais de seis mil bebês, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
O problema acontece porque o feto pode herdar tanto o tipo de sangue da mãe como o do pai, mas se a característica for a do homem, a mãe começa a criar anticorpos contra o bebê. O resultado é a destruição dos glóbulos vermelhos do feto.
“A mãe (RH negativo) fica sensível à presença do sangue RH positivo do filho e começa a criar anticorpos. A destruição dos glóbulos vermelhos do bebê pode levar a uma anemia profunda do mesmo e até à morte”, explica a hematologista Márcia Novaretti, chefe da Divisão de Imunohematologia da Fundação Pró-Sangue.
Mas é bom lembrar que as mães podem evitar esse tipo de problema. Basta fazer alguns exames de sangue antes e durante a gravidez e tomar medicamentos indicados por seu ginecologista e obstetra. Os remédios conseguem evitar a produção do anticorpo que destruirá os glóbulos vermelhos do feto.
TRATAMENTO:
Quando os cuidados não são tomados, o bebê pode apresentar níveis diferenciados de anemia, que podem ser tratados durante a gestação. Mas quando o quadro evolui de uma maneira mais intensa, as chances do feto apresentar insuficiência cardíaca e hepática também aumentam.
Nestes casos, o tratamento se torna mais rigoroso com a transfusão de todo o sangue do bebê, mesmo dentro da barriga da mãe. “Este procedimento é realizado quando o bebê está dentro do útero”, diz a hematologista.
Fonte: Ibest