15/12/2003 16h18 – Atualizado em 15/12/2003 16h18
O povo ofaié é uma das etnias mais antigas do Estado e chegou a ser considerada extinta. Hoje, com o auxílio de instituições governamentais e não governamentais, a comunidade remanescente está conseguindo manter vivas sua cultura e história.
O seminário “Ofaié: língua e educação”, que acontece nesta terça (16) e quarta-feira, em Brasilândia, na aldeia Ofaié Enodi, é mais um esforço da comunidade nesse sentido. O evento será das 8h às 22h e conta com apoio da Secretaria de Estado de Educação, que busca contribuir para que a história dos ofaiés seja reconstruída e sua língua original preservada.
O Ministério Público, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Estadual (UEMS) são alguns dos convidados para o seminário. O representante da comunidade no acontecimento será o cacique e professor da aldeia, José de Souza. A professora doutora Maria Dores de Oliveira, estudiosa da língua ofaié, irá ministrar uma palestra sobre perspectivas e desafios na educação escolar indígena, um dos temas abordados no seminário.
No fim do século XX, a população Ofaié era estimada em mais de 5.000 pessoas. Agora, de seus 61 membros (desses, 28 são considerados puros), apenas 12 sabem falar o idioma de seu povo.
Habitantes e legítimos donos de um grande território, os Ofaié construíram seus acampamentos à beira de rios, ocupando uma grande área, que ia do Sucuriú até as nascentes do Vacaria e Ivinhema. Atualmente, vivem na região de Brasilândia, onde dispõem de uma escola, mantida por uma parceria entre a prefeitura local e o governo do Estado.
Fonte:Agora MS