11/12/2003 11h01 – Atualizado em 11/12/2003 11h01
Uma das alternativas que deve ser proposta para diminuir a evasão escolar, durante o fórum que será realizado de segunda a quarta-feira próximos em Dourados é a ampliação de incentivos como o concedido pelo projeto Poty Reñoi – Florescendo, do programa Kaiowá-Guarani e que contempla estudantes que atuam em viveiros com bolsas de R$ 80,00. A proposta, segundo o coordenador nacional da Unicef, Salvador Soler, será colocada como resultado do diagnóstico da situação da criança e do adolescente kaiowá-guarani, desenvolvido pelo projeto em parceria com a Unicef e abrangendo população de 32 mil indígenas, dos quais 53% crianças e adolescentes.
Desenvolvido em caráter experimental em escola de aldeia de Caarapó, associado a outras iniciativas, como qualificação de professores indígenas pelo governo do Estado, o projeto auxiliou na reversão do índice de reprovação, de 70% em 1996 para 30% no ano passado. Porém, segundo consta no relatório da Unicef, ainda existem várias crianças de a partir de 7 anos de idade que lotam caminhões para trabalharem como bóias-frias, reforçando a necessidade de ampliar o projeto.
O guarani e coordenador do Poty Reñoi, Otoniel Ricardo, ressalta que o projeto surgiu em um momento importante, mas lembra que a escola tem quantidade de alunos equivalente a 10 vezes mais que os atendidos no programa. Essa foi a primeira vez que Mato Grosso do Sul foi destacado no Relatório da Situação da Infância e Adolescência Brasileira, desenvolvido pela Unicef. Hoje também foi lançado no Estado o relatório da Situação Mundial da Infância.
Fonte:Campo Grande News