11/12/2003 11h18 – Atualizado em 11/12/2003 11h18
Mesmo peço segundo mês consecutivo com variação pouco expressiva no custo de produção, de 0,18%, no acumulado Mato Grosso do Sul ainda tem a maior alta do ano entre os sete estados brasileiros pesquisados pela CNA (Confederação Nacional de Agricultura), de 8,65%, seguido de Rondônia, 6,07% e Mato Grosso 4,41%. Enquanto isso a arroba do boi gordo no Estado variou apenas 1,31% e em novembro recuou 0,17%.
Em âmbito nacional a variação de novembro foi de 0,08% e acumulada de março a novembro totalizou 4,95%. A desvantagem do produtor de Mato Grosso do Sul não pára por aí. No País houve valorização de 1,85% na arroba bovina, maior que a estadual, embora muito baixa em relação ao aumento de custos.
Na leitura dos números pela CNA, a pecuária de corte brasileira fecha o ano como um orgulho para a economia brasileira, mas com uma grande preocupação para o produtor. Neste ano, o País tornou-se o maior exportador mundial de carne bovina, respondendo por cerca de 19% do total comercializado, mas, ao mesmo tempo, o pecuarista teve uma redução drástica da margem (receita menos custo).
Entre março e novembro, os custos totais, na média ponderada dos sete estados acompanhados por esta pesquisa, cresceram 6,5%, enquanto que os preços da arroba avançaram apenas 1,85% e a inflação medida pelo IGP-M, 3,22%. Esses números significam que os percentuais reduzidos dos custos de produção e até abaixo da inflação nos últimos meses ainda estão longe de compensar as perdas reais que o produtor acumulou especialmente no primeiro semestre.
Fonte:Campo Grande News