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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Lula defende Berzoini e não deve incluí-lo na reforma ministerial

17/11/2003 10h58 – Atualizado em 17/11/2003 10h58

Na estréia de seu programa “Café da Manhã com o Presidente”, Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzonini, e deu a entender que ele não deixará a pasta com a reforma ministerial. O ministro foi recentemente criticado por ter aprovado medida que previa que os aposentados com mais de 90 anos e 30 de benefício tivessem sua pensão suspensa até que fossem a uma agência do INSS para se recadastrar, como forma de provarem que ainda estão vivos e evitar fraudes no órgão.

“O Ricardo Berzoini é uma pessoa extremamente competente, não apenas como líder sindical, mas como conhecedor dos problemas da Previdência Social. Agora, de vez em quando, um bom jogador perde um pênalti – contemporizou o presidente. Lula afirmou que Berzoini adotou o procedimento correto no combate à fraude no INSS. No entanto, reconheceu que houve um “certo exagero” da parte do ministro.

“O Ricardo Berzoini estava fazendo a coisa correta do ponto de vista de você combater a fraude, quando sabemos que tem muita fraude na Previdência. Ou seja, tem pessoas que já morreram e que muitas vezes não houve, nem por parte do cartório, nem por parte da família, comunicado à Previdência Social e continua espertamente recebendo os benefícios sem nenhum direito. Então, na tentativa de corrigir, houve um excesso. Qual foi o excesso? Imaginar que uma pessoa de 90 anos pode se locomover com a mesma facilidade que uma pessoa de 60, de 50 ou de 30”, disse.

O presidente ressaltou que o próprio ministro reconheceu seu erro e pediu desculpas, o que considerou um ato nobre. “O Ricardo Berzoini reconheceu o erro, já pediu desculpas à sociedade brasileira. Eu acho que todo o grande homem não tem que ter vergonha de pedir desculpa, desculpa enaltece o ser humano, engrandece o ser humano quando reconhece que errou”, disse. Por fim, Lula deu a entender que Berzoini não sairá com a reforma ministerial, programada para ocorrer após o dia 15 de dezembro.

“O Ricardo é uma figura excepcional, um ministro extraordinário e não tenho dúvida nenhuma que no fim de quatro anos ele vai deixar a Previdência impecável, do ponto de vista administrativo, do ponto de vista da arrecadação e do ponto de vista da moralização para acabar com a corrupção da Previdência Social”, finalizou.

Fonte:Midiamax News

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