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quarta-feira, 23 de julho de 2025

Operação Anaconda prende delegados em São Paulo

31/10/2003 08h50 – Atualizado em 31/10/2003 08h50

Uma operação comandada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público, batizada de Operação Anaconda, prendeu hoje em São Paulo oito pessoas e apreendeu documentos em 15 endereços diferentes da cidade. De acordo com o Jornal Nacional, entre os presos estão delegados da Polícia Federal. Juízes federais foram denunciados pela Procuradoria da República.

A operação foi resultado de uma investigação de um ano e nove meses feita pela Inteligência da Polícia Federal em Brasília que, com autorização judicial, monitorou mais de 80 telefones de agentes, delegados e juízes federais de São Paulo.

As interceptações revelaram um esquema de corrupção que envolvia extorsão de empresas, uso de documentos falsos para manipular inquéritos e venda de sentenças judiciais. O inquérito correu em segredo de justiça.

Entre os presos estão os delegados da PF José Augusto Belini (chefe do setor de emissão de passaportes em São Paulo) e Jorge Luiz Bezerra da Silva (delegado aposentado de Alagoas). Também foram detidos Cesar Herman, agente da Polícia Federal e funcionário do gabinete do juiz federal João Carlos da Rocha Matos, e a ex-mulher do juiz Norma Regina Emilio da Cunha, auditora aposentada da Receita Federal. O próprio juiz acompanhou parte da busca no apartamento da ex-mulher.

O Ministério Público denunciou do juiz pelos crimes de de corrupção, falsidade ideológica, prevaricação e peculato. O juiz Rocha Matos também foi investigado por mais de um ano pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

A desembargadora que está com o caso só vai decidir sobre a prisão depois de analisar o material apreendido na operação de hoje. Foram apreendidos oito carros, duas motos, documentos e computadores.

Outros dois juízes federais foram denunciados na mesma investigação. São os irmãos Cassem e Ali Mazloum. Ali Mazlum é acusado por formação de quadrilha, ameaça e abuso de poder. A denúncia contra Cassem é por formação de quadrilha, falsidade ideológica e interceptação ilegal de telefones.

Fonte:Dourados News

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