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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Projeto da ABO quer levar dentistas a pessoas carentes

30/10/2003 10h28 – Atualizado em 30/10/2003 10h28

Um projeto criado pela ABO/MS (Associação Brasileira de Odontologia em Mato Grosso do Sul) pretende investir no aprimoramento profissional de cirurgiões dentistas recém-formados e, em contra-partida, oferecer a população carente uma opção para o atendimento que hoje já é oferecido pela rede pública de saúde.

O projeto ainda não saiu do papel, mas será um dos carros-chefe da associação a partir do próximo ano. Desenvolvido pela cirurgiã-dentista Viviam Dias Elias, diretora-científica da ABO-MS, e candidata a presidência da entidade, explica a iniciativa. “Trata-se de um programa que pretende cumprir duas funções muito importantes para nós. A primeira função seria a de proporcionar um novo campo de trabalho para os novos profissionais da odontologia, principalmente para aqueles que estão iniciando suas atividades e não tem consultório próprio, ou também para aqueles que precisam de uma especialização. Isso por que os atendimentos terão sempre o acompanhamento por um profissional mais experiente, já que ele (o atendimento) tem uma conotação de curso de especialização ou de atualização, que é o objetivo principal da ABO”, explica.

“Os municípios já prestam um serviço qualificado. Mas o número de profissionais não é suficiente para a demanda. A população ganharia através do aumento do número destes profissionais. Hoje a ABO já realiza atendimentos em suas clínicas. São cerca de mil atendimentos mensais, realizados durante os cursos de especialização e atualização. Há uma triagem para avaliar quem realmente não tem condições de pagar por um tratamento, e estas pessoas pagam uma taxa simbólica de R$ 10 a R$ 30. O objetivo deste projeto é estender o atendimento a mais pessoas e a outros municípios utilizando o tempo ocioso das clínicas da ABO, e também através de unidades móveis”, ressalta Viviam.

Para implementar o projeto, a ABO pretende levantar recursos através de financiamento do FCO e do Cooperfat, além de firmar convênios com o Estado e/ou prefeituras para que os participes possam ser contratados através de concurso público: “Apesar de sermos uma entidade particular, queremos o concurso como forma de dar chances iguais a todos os profissionais de odontologia que queiram integrar o projeto. Contaremos também com o auxílio dos conselhos de odontologia e com o sindicato”, explica Viviam. Ela garante ainda que, em seus primeiros passos, o projeto pode ser estendido a quatro ou cinco municípios, empregando de 40 a 50 pessoas.

Fonte:Campo Grande News

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