26/10/2003 11h00 – Atualizado em 26/10/2003 11h00
A bancada parlamentar federal do Estado está se mobilizando para que a BR 158 seja incluída como prioridade no Orçamento da União de 2004. A informação partiu do senador Delcídio do Amaral, em encontro com os produtores rurais, em Três Lagoas, na sede da AABB, nesta sexta-feira.
“É compromisso de toda a bancada federal do MS dar prioridade à BR 158, à BR 262 e à BR 163”, assegurou Delcídio, ao dizer também que “o desafio é atender à classe produtora, porque nós estamos morrendo na logística dos transportes”.
Segundo o Senador, o ano de 2004, “para o Governo Federal será o ano da prioridade da infra-estutura, para não colocar em risco todo o empenho de crescimento da atividade produtora”.
No encontro, estavam presentes, além dos produtores rurais, representante do DNIT e da Agesul e lideranças políticas locais, as seguintes autoridades: deputado estadual Akira Otsubo (PTB); Marcos Moura, gerente de Desenvolvimento Econômico, representando o prefeito Issam Fares; vereador Valdomiro Aguirre (PTB), presidente da Câmara Municipal; prefeito de Água Clara, Ézio de Matos; Nelson Aparecido, prefeito de Selvíria; prefeita de Brasilândia, Marilza do Amaral; e Cláudio César de Alcântara, presidente do diretório municipal do PT e gerente do escritório local da Agesul.
BR 158
Apesar de constar como uma estrada pavimentada até no Guia 4 Rodas, desde 1976, segundo foi lembrado no encontro com o senador Delcídio, dos 80 km do trecho da BR 158, que liga Três Lagoas a Selvíria, apenas pouco mais de 30 km são asfaltados.
Na época, segundo informações do pecuarista Cláudio Garcia de Souza, mais conhecido como “Cláudio Totó”, o canteiro de obras chegou a ser montado, mas a obra nem chegou a ser iniciada “por desvio de recursos”.
A estrada é pavimentada nos 20 km iniciais, de Três lagoas até o início da ponte sobre o rio Sucuriú. No restante da estrada até Selvíria, em torno de 60 km, existem ainda dois trechos asfaltados, totalizando ao máximo uns 12 km. O restante do percurso, pouco menos de 50 km, está totalmente esburacada e intransitável.
A opção para quem se dirige a Selvíria e às cidades da região, como Inocência, Aparecida do Taboado e Paranaíba, é adentrar no estado de São Paulo, aproveitando o acesso sobre a usina hidrelétrica de Ilha Solteira. Este desvio, além de alongar o trajeto em mais de 200 km, o produtor se obriga a passar por dois Postos Fiscais, o que tem onerado o preço das mercadorias, segundo lembram os pecuaristas.
Ao lado da rica atração turística dos inúmeros ranchos, às margens do rio Sucuriú, este trecho da estrada corta importantes propriedades, ricas em agropecuária. O problema da péssima condição de conservação tem causado incalculáveis prejuízos aos produtores rurais, principalmente aos pecuaristas da região, segundo foi detalhadamente mostrado ao Senador.
