25/10/2003 10h41 – Atualizado em 25/10/2003 10h41
O número de professores afastados da sala de aula por problemas de saúde é elevado e São diversas as causas que levam a esses afastamentos – principalmente psicológicas. Para atenuar essa realidade, a Secretaria Estadual de Educação desenvolve, desde 2002, o projeto Ação Preventiva à Saúde Mental, que atende aos professores e administrativos da área educacional, na tentativa de combater o estresse diário da profissão.
De janeiro até agora o projeto atendeu a mais de 200 pessoas. Em parceria com a Ong Amparo (Centro de Apoio à Saúde e Apoio Social), o setor de Apoio Social da SED oferece viagens aos profissionais, que participam de workshops e encontros que tratam sobre as doenças relacionadas ao trabalho. Palestras, vídeos, músicas, passeios, hospedagem e alimentação também fazem parte da programação.
Uma nova etapa do projeto vai acontecer de 24 a 29 de outubro, em Caldas Novas (GO). Nesse período, 46 profissionais vão participar na cidade goiana do 2º Encontro Anti-estresse. As palestrantes Leny Carmo de Souza, Adriana Camargo do Nascimento e Silvana Siqueira Piuna de Souza vão tratar respectivamente dos seguintes temas: administração do estresse, nascimento do estresse e relaxamento e meditação.
Para a coordenadora Leny Carmo “o ideal é que todos os profissionais pudessem participar pelo menos uma vez do projeto”. Segundo ela, a principal dificuldade encontrada para a realização desse trabalho é a falta de conscientização dos profissionais da área. As pessoas com sintomas precisam ter a intenção de se tratar.
Também como forma de discutir e combater os sofrimentos do ofício de ensinar, o setor de Apoio Social organiza capacitações de desempenho profissional aos educadores de escolas estaduais. Essa atividade já aconteceu em Campo Grande, Corumbá, Eldorado, Itaquiraí, Juti, Bonito e Coxim. A próxima cidade a receber a capacitação será Ivinhema, em novembro.
Os males sofridos pelos educadores são muitos e somente agora estão sendo amplamente debatidos. Cerca de 30% dos profissionais de educação das redes de ensino estão em licença para tratamento de saúde no Estado. Esses são os dados da pesquisa feita pelo Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília (LPT-UNB) coordenada pelo professor Wanderley Codo. Os fatores que levam ao afastamento são vários: estresse, disfonia, bursite, rinite alérgica, depressão, entre outras causas menos freqüentes.
Fonte:Midiamax News