23/10/2003 16h18 – Atualizado em 23/10/2003 16h18
O doutora em química e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do sul), Sônia Hess, participa da audiência pública sobre o funcionamento da termelétrica de Três Lagoas, na Câmara Municipal da cidade, e está expondo dados científicos sobre os riscos da queima do gás natural para geração de energia. Hess lembrou que já tinha feito advertências em Campo Grande, onde funciona uma termelétrica, e o Conselho Estadual de Saúde tinha se proposto a cobrar uma audiência e a realização de estudos sanitários, o que não foi feito, segundo ela.
Conforme a professora, a queima do gás libera 28 quilos de óxido nítrico por hora, sendo 83,2 toneladas mês. Ela lembrou que o produto é usado de forma moderada em medicamentos, mas em grandes proporções pode causar impotência sexual, diabetes, hipertensão, câncer e outras doenças. Hess disse que analisou 1,2 mil estudos científicos relacionados ao gás para fazer as afirmações.
Ela cita ainda que extração do gás pode liberar mercúrio, um dos metais mais perigosos, de difícil absorção. Ela advertiu para o risco futuro da extração do gás ao longo de 20 anos, como é o contrato da Petrobras. A professora disse que coletou 2,2 mil assinaturas contra o uso do gás e encaminhou para uma série de entidades e órgãos públicos.
Fonte:Campo Grande News