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terça-feira, 8 de julho de 2025

Falta de recursos pode obrigar CMO a reduzir expediente

20/10/2003 16h11 – Atualizado em 20/10/2003 16h11

A crise financeira que está sendo gerada pelo corte dos recursos destinados às Forças Armadas, que só têm dinheiro para cobrir despesas até novembro, pode obrigar o CMO (Comando Militar do Oeste) a reduzir o expediente nos 45 quartéis distribuídos entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Hoje o Comando conta com mais de dez mil homens e, desse total, 60% do efetivo é profissional, militares que ficam de seis a sete anos nas Forças Armadas, sendo o restante os chamados militares engajados, além de 4,3 mil recrutas.

Segundo o tenente-coronel Marco Antônio Souto de Araújo, responsável pelo setor comunicação social do CMO, no fim deste mês o Comando deve avaliar a possibilidade de adotar meio-expediente para economizar. No ano passado as Forças Armadas dispensaram 44 mil recrutas quatro meses antes do previsto por falta de repasse de dinheiro da União, sendo que chegou a ter racionamento de comida, escassez de munição e falta de materiais básicos para manter as unidades em funcionamento.

“Em relação ao ano passado o problema deste ano é pequeno e pode ser solucionado caso o governo federal libere os recursos necessários”, analisa o tenente-coronel do Exército, explicando que se os recursos não chegarem o meio-expediente nos quartéis deve começar em novembro e estender-se até janeiro do próximo ano.

Corte

Ao tomar posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu mais generosidade que o ex-presidente Fernando Henrique – no governo anterior, 44 mil recrutas foram dispensados antes do previsto. Até julho, as expectativas dos militares com o Governo do PT vinham sendo atendidas, no entanto os comandantes voltaram a controlar este mês despesas com alimentação e farda, sendo que no Estado do Rio de Janeiro, a Marinha cortou um dia do expediente semanal e o Exército adotou o meio-expediente.

A escassez de recursos levou o ministro da Defesa, José Viegas Filho, a comandar pessoalmente esforço para incluir as necessidades dos quartéis nos créditos suplementares para diversos pagamentos liberados pelo Congresso todo fim de ano. O pedido de Viegas por verbas já está no Senado e o ministro vai levá-lo, agora, ao presidente Lula. Este ano, o Ministério da Defesa teve corte de R$ 1,3 bilhão no montante de R$ 4,7 bilhões previstos no Orçamento da União.

Em reuniões com parlamentares da base governista, o ministro sinaliza as carências e pede a liberação do dinheiro retido. No Congresso, comissão mista, presidida pelo senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), acompanha o andamento da execução orçamentária do governo federal e, de acordo com documento analisado pela comissão para viabilizar pedidos de crédito suplementar, a Marinha, o Exército e Aeronáutica passam restrições financeiras em setores básicos.

Fonte:Midiamax News

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