14/10/2003 09h31 – Atualizado em 14/10/2003 09h31
Márcia Goldschmidt estreou neste domingo o programa Jogo da Vida na Band. Em aproximadamente três horas no ar, a apresentadora, talvez pelo nervosismo da estréia, estava mais contida e reservada do que costuma ser no Hora da Verdade, que apresenta diariamente. Aliás, foi justamente o que mais fez falta: a naturalidade e o jogo de cintura com o qual vem trabalhando desde a estréia de seu primeiro programa e que lhe são característicos.
O que também faltou, como anda acontecendo sempre em estréias de programas brasileiros, foi originalidade. Promover o encontro entre duas pessoas que não se vêem há muito tempo (no caso, a “madonna brasileira” Gizelle e o médico que cuidou de sua artrite reumatóide); auxiliar uma família com eletrodomésticos, brinquedos etc e conversar com uma atriz afastada da televisão há anos são coisas que todos os outros programas estão cansados de fazer e nós cansados de assistir.
Apesar de muito criticada, não se pode dizer que Márcia Goldschmidt não desenvolveu um estilo. O que falta é uma melhor utilização desse carisma e apelo popular que tem em abundância. Ficar presa apenas a receber artistas e bajulá-los no ar, mostrar o drama da vida de anônimos e acabar ajudando-os, entre outros temas tão batidos quanto, é uma fórmula que pode até manter o programa num bom terceiro lugar de audiência, mas que não lhe dá a oportunidade de ultrapassar esta marca nem a chance de entrar para a lista dos grandes programas de auditório da televisão brasileira.
Fonte: Babado