13/10/2003 20h12 – Atualizado em 13/10/2003 20h12
Com apenas um voto contrário à aceitação da denúncia de irregularidade administrativa de desvio de verba da merenda escolar, sete dos nove vereadores da Câmara Municipal de Bataguassu deliberaram instaurar uma Comissão Processante (CP), na noite desta segunda-feira.
Votaram a favor da aceitação da denúncia os seguintes vereadores: João Carlos Aquino Lemes (PT), Maria Gimenez (PT), Adifas Cavalcante (PL), Zélia Bonfim das Virgens (PFL), Antônio Pellegrini (PFL), Weldan de Matos Cabral(PFL) e Reginaldo Aparecido Pereira (PFL).
Alegando que através da denúncia contra o prefeito Ailton Ferreira Pinheiro (PTB), apresentada por Paulo Sérgio Moreno de Jesus, o vereador Carlos Pereira Roberto Pereira de Almeida (PTB), foi contra a opinião dos demais pares e da população que estavam presentes na sessão, manifestou seu voto contrário. Cumprindo o Regimento Interno da Câmara, o presidente do Legislativo municipal, vereador Anderson Lima (PTB) não votou.
PLENÁRIO LOTADO
O plenário da Câmara estava praticamente lotado para assistir à votação da aceitação ou rejeição da denúncia contra o prefeito Ailton, Pequenas faixas com os seguintes dizeres: “Vereadores, não nos neguem a verdade”, “5.744 kg de comida. Cadê?” e “A verdade doa a quem doer”, foram levantadas no Plenário da Câmara pelos populares, que tomaram conta dos corredores da Casa de Leis.
Maioria dos vereadores, no uso da Tribuna, justificou seu voto alegando que é responsabilidade da Casa apurar a verdade dos fatos. “Esta denúncia relata seriíssimos e graves casos de improbidade administrativa de desvios que devem ser apurados por esta Casa”, manifestou o vereador João Carlos.
Segundo o vereador, líder do PT na Câmara, “uma vez recebida a denúncia, a responsabilidade do julgamento é da Câmara”.
Por sua vez, a vereadora Zélia acentuou que foi eleita “para representar o povo de Bataguassu e não para representar o Executivo”.
Através de voto secreto, os vereadores escolheram três membros da Casa de Leis para a formação da CP; que poderá resultar na cassação dos direitos políticos e afastamento do cargo de prefeito. Os vereadores; Antonio da Cruz Pelegrine vai presidir, enquanto Maria Gimenes (PT) e Weldam Matos Cabral (PFL) vão ajudar na composição da CP.