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sexta-feira, 4 de julho de 2025

A importância da Garantia da Qualidade de Software

03/10/2003 09h54 – Atualizado em 03/10/2003 09h54

Com o surgimento de novas arquiteturas de sistemas de informação e ambientes operacionais mais complexos, é natural que o conhecimento técnico fique obsoleto cada vez mais rápido, já que o mercado exerce pressão pela absorção de novas tecnologias, assim como é grande a pressão que os usuários impõem para o desenvolvimento de aplicações em menor prazo.Reconhecendo este contexto, torna-se necessário direcionar os esforços no sentido de aprimorar e manter em constante evolução o processo de desenvolvimento de soluções.

Torna-se necessário também a criação de normas, padrões e a definição de técnicas e ferramentas, trazendo benefícios para as empresas (padronização, redução do custo de manutenção corretiva e retrabalho, aumento de faturamento e da visibilidade do processo de desenvolvimento) e técnicos (aumento da satisfação interna, reciclagem técnica / gerencial, aumento da automação e coerência dos processos, maior clareza nos papéis e responsabilidades). Os clientes também serão beneficiados, com a redução de tempo de entrega e de erros de produto, redução do custo de projeto e de manutenção corretiva e maior certeza nas estimativas de custo e prazo, para citar alguns.

A Garantia da Qualidade de Software (GQS) fornece ao processo de gestão de software uma visibilidade apropriada dos projetos de desenvolvimento de software e dos produtos de trabalho. A GQS, na organização, atua de forma cooperativa com áreas de desenvolvimento de software, executando revisões para verificar a aderência dos projetos ao SW – CMM (Capability Maturity Model for Software) , auxiliando na solução dos desvios, sugerindo melhorias para a engenharia de processo de software além de, coletar dados e analisar resultados informando aos níveis gerenciais a situação do processo de GQS.

O propósito da GQS é fornecer à gerência a visibilidade da eficácia ( no sentido de produzir softare de qualidade) do processo sendo utilizado pelo projeto de desenvolvimento de software e da qualidade dos artefatos que estão sendo criados.

Investir em qualidade de software é uma daquelas coisas que caem na mesma categoria que parar de fumar, começar a nadar, entrar em um curso de línguas ou inaugurar um novo hobby. Todo mundo sabe que são coisas boas, desejáveis, até mesmo necessárias. Mas, por uma razão ou por outra, são todas coisas que sempre se deixam para amanhã. No fundo, temos um pouco de medo ou preguiça de começar. Sabemos que não são coisas fáceis, que exigirão investimento de tempo, dinheiro e energia; e que, se por acaso, não conseguirmos continuar depois de ter começado, vamos nos sentir culpados e frustrados.

O que vale para as pessoas físicas, vale também para as pessoas jurídicas. Afinal, as organizações não têm existência própria; são agrupamentos de pessoas físicas, e são estas últimas que, afinal de contas, tomam as decisões e fazem as coisas acontecer.

O problema é que todos estes bons propósitos, normalmente reiterados a cada virada de ano, por todas aquelas razões, possuem uma enorme probabilidade de ficarem como estão: apenas bons propósitos. À apenas dois anos do terceiro milênio, deveríamos assumir conosco mesmos um compromisso real, pessoal, em direção ao aumento da qualidade de software. Seria bom que os historiadores do futuro dissessem que a Tecnologia da Informação entrou no terceiro milênio como uma disciplina madura, ao invés de serem obrigados a relatar que, embora tenha exercido uma influência poderosa, a TI era uma “disciplina indisciplinada”, coisa de amadores.

O que devemos fazer para tirar a questão da qualidade de software da carteira de “boas intenções” e transformá-la em realidade? Como você poderá evitar os problemas comuns que ocorrem com os profissionais de informática das pequenas e grandes organizações, como aquele projeto que atrasou e obrigou você a virar noites no escritório? Lembra-se das caras de sua mulher e seus filhos cada vez que você chegava tarde, muito tarde? Lembra-se dos programas com sua namorada que você teve que cancelar? Ahn! Você não tem namorada… Será que o fato de você não sair do escritório tem algo a ver com isso? E aquele chopinho com os amigos, que você não vê há tanto tempo? E a frustração de ter passado a noite toda para achar um bug impossível e não conseguir? E a quantidade de trabalho que você teve de fazer de novo porque perdeu os programas fonte? E aquela sensação de estar fazendo “serviço porco” por falta de tempo? Que daria para fazer direito se apenas houvesse um tempinho para pensar? E a sensação de nunca entregar nada no prazo, ou de nunca entregar algo que funcione? E este projeto em que você está agora? Existe alguma razão para acreditar que será diferente? E os fins de semana perdidos? Férias? Que férias?? Há quantos meses você não vai à praia? Será que você esperava isso quando entrou para esta área? Se tivesse que começar tudo de novo, você começaria?

Fonte:Sabido

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