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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Exposição Projéteis de arte contemporânea pode ser vista até 24 de outubro no Rio

30/09/2003 13h12 – Atualizado em 30/09/2003 13h12

Atirar para todos os lados, como projéteis que alcançam todas as vertentes das artes visuais. Essa é a idéia principal da série Projéteis de arte contemporânea, lançada pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) em junho, cuja primeira exposição começa hoje (26) nas quatro galerias do Palácio da Cultura Gustavo Capanema.

Essa primeira coletiva, que fica em cartaz até 24 de outubro, mostra obras de oito artistas, dos 24 selecionados entre as 280 propostas enviadas de todas as regiões do Brasil.

Ao longo das três exposições será apresentada uma grande variedade de trabalhos, como vídeo-instalação, performance-instalação, foto-instalação, infogravuras, pinturas, desenhos, fotografia, fotografia digital e intervenção. As próximas exposições acontecem nos dias 6 de novembro e 16 de dezembro.

A série Projéteis de arte contemporânea foi lançada pela Funarte com o objetivo de retomar a ocupação das quatro galerias do Palácio Gustavo Capanema, que não promoviam exposições há quase um ano por conta da transição do governo. Agora, surgiu a idéia de voltar a ocupar as salas com obras de artistas ainda desconhecidos.

A comissão de seleção foi formada por Lula Vanderlei, artista multimídia e pesquisador; Franz Manata, artista plástico e mestre em linguagens visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Guilherme Bueno, mestre em crítica e história da arte da UFRJ e curador do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Confira o trabalho de cada artista desta primeira etapa

Bernardo Damasceno: A base do meu mundo, instalação

O projeto do artista consiste em uma instalação formada por três partes: uma foto da pedra do “Pico do Papagaio” no Grajaú; três esculturas sobre ela em pequenas pedras; e três séries de desenhos sobre as esculturas. Para o artista, “a obra se refere à escala das duas pedras, a minimonumentalidade”.

Amália Giacomini: Tópus 2003, instalação

A artista ocupará o espaço total de uma das galerias com uma malha de fios elásticos, formando uma rede tensionada por um fio.

Sandra Shechtman: Passarela e calçada, foto-instalação

A proposta da artista compreende, em síntese, a criação de uma “parede” branca dentro da galeria, ladeada por duas “passarelas” de fotos com sombras de pessoas projetadas no chão. Outras duas fotos afixadas na parede “dialogam” com as fotos do chão.

Bernardo Pinheiro: sem título, vídeo-instalação

Em um ambiente construído dentro da galeria, o artista trabalhará com dois monitores de vídeo que “dialogarão” entre si. Segundo o artista, “esta obra trabalha o momento de um tempo que massacra e transforma os corpos e todas as formas físicas que estão sujeitas a ele. Neste espaço, o desafio está em perceber o segundo decisivo de uma inércia, um instante que é capaz de alterar percepções e imaginações”.

Bruno de Carvalho: Concentração ou a orquestra das palavras não ditas, vídeo-performance

Na inauguração, o artista realizará uma performance utilizando o corpo para intervir em uma fita previamente gravada que, posteriormente rebobinada, voltará a um conjunto de equipamentos de vídeo para ser relida com as marcas da intervenção corporal. O resultado ficará em exibição até o final da mostra.

Sílvio Tavares: Desenho apagado, vídeo-instalação (foto)

O vídeo mostra seqüências de imagens de um “desenho” feito com gilete sobre as linhas da mão, que sangram. Segundo o artista, “enquanto um desenho vai se apagando, um outro vem surgindo. Um apagar que mostra os passos seguidos para que o “desenho” fosse feito. As linhas da mão são estes passos, que foram abertos com tinta cedida pelo corpo, desenhado pelo lápis gilete”.

Márcio Zardo: sem título, instalação

Nove chassis compondo painel de 80/105 cm, com impressão de palavras a laser e ponteiros de segundos em movimento. No verso dos chassis, pequena máquina de relógio com pilhas. O artista sempre buscou enfatizar em suas experimentações a materialidade da palavra, seus valores plásticos e sonoros.

Gustavo Ferraz: Coluna, performance

Coluna consiste no agrupamento de diversas pessoas que formarão uma fila em movimento, de forma que cada uma deverá se encaixar na outra, articuladamente, resultando um movimento orgânico. A proposta deverá deixar resíduo temporário no espaço físico ou apenas registro fotográfico ou em vídeo.

Projéteis de Arte Contemporânea

Galerias da Funarte, Palácio da Cultura Gustavo Capanema –

Rua da Imprensa, 16, mezanino.

Abertura 26 de setembro, sexta-feira, às 14h.

Até 24 de outubro de 2003. De segunda a sexta, das 10h às 18h. Entrada franca.

Mais informações no Centro de Artes Visuais da Funarte:

(21) 2279-8089 / 2279-8090

Fonte: Rádio Brás

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