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sábado, 2 de agosto de 2025

O ator americano Charles Bronson, um dos últimos “durões” de Hollywood, morreu no sábado, aos 81 ano

01/09/2003 08h19 – Atualizado em 01/09/2003 08h19

Charles Bronson ficou internado por quatro semanas e faleceu ao lado de sua terceira mulher, Kim Weeks, segundo o agente Lori Jonas.

Filho de um casal pobre de imigrantes, um russo e uma lituana, ele era o 11o de 15 irmãos. A precoce morte de seu pai, quando tinha apenas 10 anos, o levou a trabalhar nas mais variadas atividades antes de se dedicar ao cinema.

O ator rodou 97 filmes de cinema e TV, além de participar de vários episódios de séries, quase sempre como um rude vaqueiro, bandido, soldado, um caçador de recompensas, ou um vingador sanguinário contra malvados criminosos, papel que era sua especialidade.

Charles Buchinsky, seu verdadeiro nome, nasceu na cidade mineradora de Ehrenfeld (Pensilvânia) e começou a trabalhar nas minas de carvão aos 16 anos.

Teve três filhos: Susan e Tomy (com sua primeira mulher, Harriet Fendler, com quem se casou em 1944) e Zuleika (com Jill Ireland, com quem se uniu em 1968).

Após a morte de Jill, em 1990, por um câncer de mama, o que o levou a uma profunda depressão, Bronson se casou anos mais tarde com Kim, que o acompanharia até sua morte.

Depois de conhecer um pouco do mundo como tripulante de bombardeiros na Segunda Guerra Mundial, Charles decidiu não voltar para sua cidade natal e decidiu ter aulas noturnas de interpretação no conservatório de Arte Dramática Pasadena Playhouse.

Animado com o dinheiro que os atores ganhavam, procurou trabalho em diversas companhias de teatro da Pensilvânia e da Califórnia, onde alguns produtores perceberam seu talento para filmes de ação para a TV.

Seus traços rudes e sua voz dura lhe abriram as portas e, a partir de 1951, ele começou a fazer papéis secundários de homens de caráter determinado e audacioso.

No final dos anos 60, Charles Bronson já era um clássico coadjuvante do gênero, atuando em filmes como “Sete homens e um destino”, “Fugindo do inferno” ou “Os 12 condenados”.

Com medo de não conseguir papéis de protagonista e seguindo os passos do também “durão” Clint Eastwood, no final dos anos 60 e início dos 70, ele atuou em uma série de filmes produzidos na Europa, como “O passageiro da chuva”, ou os “spaguetti western” rodados na Espanha ou na Itália, como “Era uma vez no Oeste” e “Sol Vermelho”.

Ao voltar para Hollywood, Bronson tinha se tornado uma estrela e protagonizou a maioria dos filmes nos quais trabalhou depois. Em muitos deles, apareceu como gângster, caçador de recompensas, ou vingador justiceiro.

Nas décadas de 70 e 80, Bronson rodou uma impressionante lista de filmes, sem um orçamento significativo, mas com muita ação, transformando-se num dos atores mais bem pagos e populares de Hollywood.

Em 1977, por exemplo, estrelou “Desejo de matar”, que mostra como um progressista antibelicista embarca em uma sangrenta saga de assassinatos de criminosos para vingar a morte de sua família.

O filme, que chegou até a parte V, sofreu muitas críticas, por sua violência gratuita e uma mensagem política inadequada. Bronson defendeu, porém, seu personagem, alegando que o cidadão era indefeso diante da falta de ação das autoridades contra o crime.

Na vida real, Charles Bronson era tão arisco quanto muitos de seus personagens, característica que se acentuou após a morte de sua segunda mulher.

Filmografia selecionada:

  • “Youdocument.write Chr(39)re in the Navy now” (1951);

  • “Museu de cera” (1953);

  • “O último Apache” e “Vera Cruz” (1954);

  • “Renegando o meu sangue” (1957);

  • “Machine-gun Kelly” (1958);

  • “Sete homens e um destino” (1960);

  • “Robur, o conquistador do mundo” (1961);

  • “Fugindo do inferno” e “Os quatro heróis do Texas” (1963);

  • “Battle of the Bulge” (1965);

  • “Adeus às ilusões” (1965);

  • “Essa mulher é proibida” (1966);

  • “Os 12 condenados” (1967);

  • “Era uma vez no Oeste” (1968);

  • “Adeus, amigo” (1968);

  • “O passageiro da chuva” (1969);

  • “Assassino a preço fixo” (“The mechanic”, 1972);

  • “O segredo de Cosa Nostra” (1972);

  • “Jogo sujo” (1973);

  • “Desejo de matar” (1974);

  • “Cinco dias de conspiração” (“St. Ives”, 1976);

  • “Caboblanco” (1980);

  • “Desejo de matar 2” (1982);

  • “Desejo de matar 3” (1985);

  • “O vingador” (“Murphydocument.write Chr(39)s law, 1986);

  • “Desejo de matar 4” (“Death Wish IV: Crackdown”, 1987);

  • “Kinjite – Desejos proibidos” (1989);

  • “Desejo de matar 5” (“Death Wish V: The face of death”, 1994).

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