30/08/2003 10h37 – Atualizado em 30/08/2003 10h37
RIO – O choro do atacante Edmundo após a vitória (3 a 2) sobre o São Paulo, no domingo passado, dia 24, não foi apenas um desabafo de vascaíno. Foi também o desabafo de quem vive mais um drama: na sexta-feira, dia 22, sua mulher, Adriana Sorrentino de Souza, foi à 16 DP (Barra) denunciar que foi agredida pelo marido. Mais tarde, no Tribunal de Justiça do Rio, solicitou à juíza de plantão, Maria Cristina Gutierrez, proteção policial para que Edmundo não voltasse para casa. Na sexta-feira, Adriana retirou a queixa e o processo será arquivado. Por uma amiga, ela deu a sua versão:
- Eu confirmo a separação, mas nego a agressão – disse.
Edmundo, procurado na sexta-feira, não quis comentar o caso. Ele não está mais morando na casa da Barra.
O exame de corpo de delito de Adriana, número 17339/03, foi realizado no Instituto Médico-Legal (IML). Na requisição 7.293, as legistas Ana Cristina Pereira e Regina D’Onófrio relataram que Adriana alega ter levado tapas e socos em 22 de agosto, às 12h30m, recebendo atendimento médico. Exame realizado em 22 de agosto às 16h58m registra equimose vermelha em região frontal direita, que mede 12×7 centímetros.
Delegado registrou queixa de lesão corporal:
A mulher de Edmundo foi encaminhada ao IML depois de prestar queixa na 16 DP. Em seu depoimento, ela disse ter apanhado dinheiro e um cheque no carro de Edmundo para guardar. O jogador não teria gostado de ela ter mexido em seu carro. Em seguida, mandou Adriana conseguir um advogado pois eles iriam se separar. Nesse instante, segundo a mulher, Edmundo empurrou-a para dentro do banheiro da suíte da casa, gritou e bateu com a cabeça dela na parede.
A separação do casal vem se arrastando desde que o craque voltou do Japão, em dezembro passado. Mas a gota d’água aconteceu na tarde do dia 22. Por volta das 13h35m, Adriana esteve na 16DP, acompanhada da amiga e vizinha Andréa Cândido, mulher de Donizete, do Vasco, e de uma das empregadas, Maria de Oliveira Silva, uma de suas testemunhas (a outra era a também empregada da casa Havanir Luzia de Aquino). O delegado pediu que ela fosse ao IML para fazer exame de corpo de delito e registrou a ocorrência como ameaça, lesão corporal e injúria. Não satisfeita, já na madrugada do dia 23, Adriana foi ao Tribunal de Justiça, no Centro, pedir proteção.
Fonte: Globo Esporte