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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Corpo de mulher esquartejada deve ser enterrado nesta manhã

06/02/2003 09h19 – Atualizado em 06/02/2003 09h19

O enterro da dona-de-casa Maria do Carmo Alves, 46, deverá ocorrer nesta manhã no Cemitério Campo Grande, na zona sul de São Paulo. O corpo da vítima deve sair do IML (Instituto Médico Legal) por volta das 9h. Ainda não há horário definido para o sepultamento. O cirurgião plástico Farah Jorge Farah, 53, é acusado de esquartejar a dona-de-casa.

Maria do Carmo foi assassinada em 24 de janeiro. Partes do corpo foram encontradas dia 26. Faltavam as vísceras e as pontas dos dedos.

O corpo foi liberado do IML somente nesta terça-feira.

Farah confessou o crime, mas afirmou ter sofrido um lapso de memória em relação aos detalhes do assassinato.

Um habeas corpus concedido pela Justiça desobriga o acusado de participar da reconstituição do crime.

O promotor Orides Boiati afirma que vai denunciar o médico por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio insidioso e dissimulação). A denúncia deve abranger também destruição parcial e ocultação do cadáver e vilipêndio (desrespeito).

A família de Maria do Carmo Alves pediu nesta quarta-feira o bloqueio do patrimônio do cirurgião. Segundo o advogado Rodner Barbiecato, a liminar garantiria que o médico pague indenização à família, que será pedida em processo.

Esquartejamento

Segundo a polícia, o crime ocorreu no consultório do cirurgião, em Santana, zona norte. Farah teria levado cerca de dez horas para esquartejar e dissecar o corpo da vítima.

Depois do assassinato, o médico foi internado em uma clínica psiquiátrica na Granja Julieta, zona sul, a mesma onde ficou o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, acusado de matar a também jornalista Sandra Gomide, em 2000.

O acusado disse à polícia que Maria do Carmo tentou entrou no consultório com uma faca e tentou agredi-lo. Disse não se lembrar de mais nada.

O delegado-titular do 13º Distrito Policial (Casa Verde), zona norte, concluiu o inquérito na segunda-feira (3). A motivação do assassinato não é clara. A polícia não sabe também se o cirurgião teve a ajuda de alguém para praticar o crime.

O consultório de Farah foi arrombado. As portas de entrada da clínica foram encontradas abertas no domingo (2), quando deveria ocorrer a reconstituição do crime.

Supostos fragmentos de tecido humano foram encontrados em uma banheira da clínica.

Fitas de áudio apreendidas no consultório do acusado indicam que Farah e Maria do Carmo mantinham uma relação íntima.

Segundo a polícia, o médico gravava suas conversas telefônicas porque queria ter provas de que recebia ameaças supostamente feitas por Maria do Carmo.

Após a prisão do acusado, pacientes de Farah denunciaram supostos assédios sexuais cometidos pelo médico.

Fonte: Folha Online

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