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sábado, 20 de dezembro de 2025

Cirurgião pode ser condenado a até 36 anos de prisão

29/01/2003 15h32 – Atualizado em 29/01/2003 15h32

Farah Jorge Farah, 53, acusado de esquartejar a dona-de-casa Maria do Carmo Alves, 46, poderá pegar até 36 anos de prisão caso seja condenado pelos crimes de homicídio doloso, vilipêndio (violação de cadáver) e ocultação de cadáver.

Segundo o promotor do 2º Tribunal de Juri, Orides Boiati, responsável pelo caso, a pena por homicídio doloso vai de 12 a 30 anos, e pelos crimes de vilipêndio e de ocultação de cadáver, de 1 a 3 anos cada um.

“Esta hipótese [de 36 anos de pena] me parece cabível, mas depende do critério do juiz”, afirma Boiati.

Partes do corpo de Maria do Carmo foram encontradas na madrugada desta segunda-feira (27) em cinco sacos no porta-malas do carro de Farah. O cadáver estava dividido em nove partes, algumas delas sem peles.

A polícia chegou a cogitar a possibilidade de venda da pele ou de outros órgãos -as vísceras da vítima não foram encontradas.

Segundo os peritos do IML, além de esquartejar Maria do Carmo, o médico dissecou partes do corpo, ou seja, retirou a pele com o uso de bisturi e pinça, limpou e separou os músculos, como ocorre nos estudos anatômicos dos cursos de medicina.

Em depoimento, ontem, Farah confessou o crime, mas disse não se lembrar de como matou e esquartejou a mulher. Ele disse à polícia que teve um lapso de memória.

Confissão

Maria do Carmo teria sido assassinada na última sexta-feira, quando foi ao consultório do cirurgião. No domingo, o médico confessou o crime para familiares e se internou em uma clínica psiquiátrica. Na noite de segunda-feira, foi transferido para o 13º DP.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Farah por homicídio qualificado. Ele estava preso em flagrante somente por ocultação de cadáver.

A polícia não sabe ainda o motivo do crime e como ele ocorreu _se Maria do Carmo foi dopada e depois esquartejada, se foi golpeada por alguma arma ou se foi esquartejada antes de ser morta.

O médico continua preso no 13º DP, com quem divide cela com outros cinco médicos, entre eles, o pediatra Eugenio Chipkevitch, acusado de molestar e dopar seus clientes.

Fonte: Folha Online

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