29/01/2003 13h50 – Atualizado em 29/01/2003 13h50
O delegado responsável pelas investigações da morte da dona-de-casa Maria do Carmo Alves, 46 anos, Ítalo Miranda Júnior, ouve nesta quarta-feira o depoimento do irmão do cirurgião plástico Farah Jorge Farah, 53, réu confesso do crime. O corpo de Maria do Carmo foi encontrado esquartejado no automóvel do médico no prédio onde ele morava, na zona Norte de São Paulo.
O irmão do acusado, cuja identidade não foi divulgada, foi a primeira pessoa a quem o médico confessou ter assassinado a ex-namorada, segundo informações da polícia.
Ainda nesta quarta-feira, o delegado comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para pedir agilidade no exame do corpo da vítima, que pode ser liberado ainda nesta quinta. Em seguida, o corpo de Maria do Carmo deve ser sepultado.
Visita — O médico está preso no 13º Distrito Policial, dividindo a cela com cinco presos, entre eles o psiquiatra Eugênio Chipkevitch, acusado de pedofilia. Nesta quarta, ele recebeu sua primeira visita. O corretor de imóveis Dirceu Rossi, amigo do médico há 20 anos, esteve com ele por cerca de 30 minutos.
Segundo ele, Farah está muito apático e ainda não entende como pôde ter matado Maria do Carmo, com quem manteve um relacionamento amoroso. “Ele não consegue manter uma linha de conversa. Disse que jamais esperava que isso aconteceria na vida dele”, afirmou ao deixar a delegacia, em entrevista à Rádio CBN.
Sigilo — O advogado Roberto Podval, que defende o cirurgião, pediu na terça ao delegado segredo de Justiça nas investigações do caso para “proteger a família do médico e da vítima”. O delegado, que ainda não apreciou o pedido, adiantou que não há interesse em manter o caso em sigilo.
Fonte: Diário Online




