29/01/2003 14h12 – Atualizado em 29/01/2003 14h12
O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), será convidado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar o esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de US$ 33,4 milhões para a Suíça. O deputado estadual Carlos Minc (PT), que será um dos relatores da CPI, considera inevitável o depoimento de Garotinho.
De acordo com Minc, são dois processos que foram arquivados durante a administração de Garotinho: um de possível prática de extorsão contra a Light por fiscais estaduais e outro de possíveis irregularidades na compra dos supermercados Rainha, Continente e Dallas, pelo Carrefour, que teria ocasionado uma perda de receita aos cofres públicos no valor de R$ 200 milhões.
A previsão é de que a CPI da “Máfia dos Fiscais” seja aprovada no dia 3 de fevereiro, dois dias depois do início da nova legislatura, e instalada no dia 4, quando também começam os trabalhos da Comissão.
Oito funcionários da Inspetoria de Grande Porte, órgão fiscalizador das 400 maiores empresas do Rio de Janeiro, vinculado à secretaria estadual de Fazenda, são acusados de desviar a verba em um esquema que envolve extorsão.
Rodrigo Silveirinha, principal suspeito, trabalhou para Anthony Garotinho na Inspetoria, e desempenhou duas funções para a mulher do ex-governador, a atual governadora do Rio, Rosinha Matheus: participou da campanha e foi indicado para a presidência de outro órgão público, da qual foi exonerado após a veiculação das denúncias.
Fonte: Agência Brasil





