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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Epidemia de cólera mata 12 em Moçambique

27/01/2003 13h03 – Atualizado em 27/01/2003 13h03

Uma epidemia de cólera já matou 12 pessoas e infectou centenas de outras no norte de Moçambique, onde as enchentes que destruíram milhares de casas estão aumentando a propagação da doença.

Virginia Saldanha, chefe do departamento de saúde da província de Sofala, disse que 402 casos foram registrados nas últimas três semanas, mas todos as mortes ocorreram nos últimos sete dias.

A cólera é o último de uma série de males a atingir o empobrecido país no sul da África, que na semana passada registrou as primeiras mortes por inanição em meio à falta generalizada de comida.

As enchentes causadas pelo ciclone Delfina nas regiões de Nampula e Zambezia destruíram milhares de casas, escolas e centros de saúde, danificaram pontes e estradas e interromperam o fornecimento de energia no norte de Moçambique.

“Até agora 10 pessoas morreram no distrito de Maringue. Em toda a província, 336 casos foram relatados. A doença está se espalhando rapidamente no norte das províncias de Cabo Delgado e Nampula. Duas pessoas morreram de um total de 67 casos relatados”, disse Saldanha.

Saldanha disse que as condições sanitárias precárias e uma falta de água limpa estavam ajudando a espalhar rápido a doença. “Há temores de que as vítimas da doença possam aumentar na província se as chuvas continuarem e criarem bases para que a doença se espalhe”, ela disse.

Equipes médicas viajaram para Sofala, Cabo Delgado e Nampula para tentar resolver os problemas sanitários, informou a agência do governo que cuida do gerenciamento de desastres.

Autoridades governamentais disseram que haviam estabilizado os suprimentos de comida na remota província de Tete, entre as fronteiras de Maláui, Zâmbia e Zimbábue, onde nove mortes por inanição foram registradas na semana passada.

Mais de 14 milhões de pessoas em seis países africanos – Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Maláui, Suazilândia e Lesoto – enfrentam falta de comida por causa das secas e das enchentes que destruíram as plantações em 2001 e 2002.

Fonte: Reuters

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