27/01/2003 13h38 – Atualizado em 27/01/2003 13h38
O Likud, partido do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, continuava liderando as pesquisas de intenção de votos divulgadas hoje, véspera da eleição geral no país, mas os números mostravam que a legenda poderá ter problemas para formar uma coalizão governista estável.
As pesquisas, publicadas pelos jornais “Yedioth Ahronoth” e “Maariv”, mostravam o Likud elegendo 32 ou 33 deputados dentre os 120 do Parlamento. O Partido Trabalhista, maior adversário da legenda de direita, deve ficar com 18 ou 19 vagas.
O partido Shinui, de centro, deve eleger 15 ou 16 parlamentares.
Em meio a notícias de que Sharon já preparava seu discurso de vitória, Israel proibiu as viagens na Cisjordânia e na faixa de Gaza até quarta-feira (29). Nesses territórios moram 3,5 milhões de palestinos.
O Estado judaico, atingido por vários atentados suicidas desde setembro de 2000, quando foi iniciado um levante palestino contra a ocupação israelense, afirmou que a medida havia sido tomada por motivos de segurança.
Desde o começo da revolta, ao menos 1.802 palestinos e 698 israelenses foram mortos.
Sharon, 74, fez da segurança e da recusa em negociar a paz com os palestinos em meio aos conflitos seus principais temas de campanha.
Na noite de ontem, 12 palestinos morreram em um ataque israelense a Gaza realizado depois de foguetes terem sido disparados contra uma cidade do sul de Israel.
A violência fez com que muitos israelenses aderissem aos direitistas, fortalecendo o Likud e os ultranacionalistas.
No entanto, uma coalizão de governo integrada pela extrema direita colocaria Israel em rota de colisão com os EUA, defensores de que os palestinos interrompam a violência e adotem reformas para chegarem a formar um Estado.
Sharon voltou a pedir aos trabalhistas que participem de um governo de coalizão nacional.
Mas o candidato do partido de oposição, Amram Mitzna, que defende o início imediato e incondicional de negociações com os palestinos, rejeitou mais uma vez o convite.
Fonte: Reuters




