17/12/2002 13h28 – Atualizado em 17/12/2002 13h28
BELÉM – O pistoleiro maranhense Josivaldo de Oliveira Barros, o Nego Josa, que estava preso em Marabá, no Pará, sob a acusação de matar com cinco tiros o presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Curionópolis, Antônio Clênio Cunha Lemos, foi solto, ontem, por determinação do juiz Roberto Andres Itzcovich, que acatou parecer favorável da promotora Regina Taveira.
Nego Josa foi preso em Imperatriz, no Maranhão, duas semanas depois do crime, ocorrido no dia 16 de novembro, e confessou à polícia o assassinato do sindicalista. Ele foi ouvido duas vezes pela promotora Regina Taveira. A primeira, ainda na Delegacia de Marabá, quando confessou ter matado Antonio Clênio Cunha Lemos. A segunda, sexta-feira passada, na sala da promotora. Regina Taveira recomendou ao juiz Roberto Andres que revogasse a prisão do acusado.
A promotora alegou que o inquérito ainda está em andamento e que o pistoleiro não representa risco à sociedade, embora tenha confessado o crime de encomenda.
Com esta decisão, a população de Curionopólis, também no Pará, está com medo, pois Nego Josa, já foi visto circulando, tranquilamente pela cidade. A situação no garimpo de Serra Pelada, que chegou a ser ocupado pelo Exército, após o assassinato do sindicalista, também deve voltar a ficar tensa.
O pistoleiro revelou o nome de duas pessoas que estariam envolvidas no crime: o prefeito de Curionópolis, Sebastião Curió Rodrigues de Moura, e um vereador de Curionópolis, muito ligado a Curió, conhecido apenas como Joãozinho. O envolvimento de Curió não foi confirmado, apesar de antes de morrer, Antônio Clênio, comentou com várias pessoas que estaria sofrendo ameaças e que, o responsável seria Curió, seu inimigo na briga pelo controle do garimpo de Serra Pelada.
Fonte: JB Online