10/12/2002 10h21 – Atualizado em 10/12/2002 10h21
Em volume, as vendas externas cresceram 14,9%, para 856,6 mil toneladas, segundo dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os maiores compradores de carne fresca resfriada foram Chile e Holanda. No caso da carne in natura (fresca) congelada, destacam-se como principais compradores Arábia Saudita, Egito, Rússia, Filipinas, Itália, Holanda e Reino Unido. Segundo o coordenador-geral do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, com a desvalorização do real o Brasil ficou mais competitivo e conquistou os mercados da Rússia e de países do Oriente Médio.
“Em 2003, consolidaremos nossa posição, com a abertura dos mercados chinês e norte-americano, além do aumento da cota Hilton na União Européia.” A volta ao mercado de países que tiveram graves problemas sanitários em 2001, além das fortes desvalorizações cambiais no Brasil e na Argentina, derrubaram os preços internacionais no acumulado do ano, segundo Nogueira. A cotação da carne brasileira in natura recuou 9,3% entre janeiro e novembro, passando de US$ 2,02 para US$ 1,83 por tonelada. Os preços médios da carne industrializada tiveram uma variação negativa de 1%, sendo vendida a US$ 1,99 por tonelada ante os US$ 2 registrados no ano passado.
Natal
No mercado interno, o Natal pode ser uma boa época para a carne bovina enfrentar a concorrência de perus e chesters, segundo Nogueira. O preço de suínos e aves dispararam em razão da alta no custo de produção impulsionada pela valorização. Novembro marcou o maior valor nominal do preço da arroba de boi gordo, quando o Indicador Esalq/BM&F chegou a R$ 59,07. Depois disso, houve quedas consecutivas e o mês fechou com retração de 0,76%. Principal indicativo sobre a tendência dos agentes de mercado nos próximos meses, os contratos futuros da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam novembro cotados a R$ 54,70 para dezembro, R$ 53,75 para janeiro e R$ 52,85 para fevereiro.
A entressafra pecuária chegou a novembro sem dar sinais de melhora na oferta de boi gordo. Os preços foram reajustados em todas as praças quase todos os dias, com exceção apenas do Rio Grande do Sul. As vendas também se retraíram, mas a baixa oferta devido ao abate aquém da capacidade dos frigoríficos forçou a alta de preços.
Fonte: Panorama Brasil




