09/12/2002 10h39 – Atualizado em 09/12/2002 10h39
SÃO PAULO (CNN) – Os pavilhões seis, oito e nove da Casa de Detenção de Carandiru, em São Paulo, foram implodidos neste domingo, três meses depois da desativação de grande parte do complexo, por motivos de segurança.
Cerca de 800 pessoas estiveram envolvidas no processo de implosão dos prédios, que durou poucos segundos e contou com a presença do governador do estado, Geraldo Alckmin, e do ministro da Justiça, Paulo de Tarso.
A empresa contratada para realizar a implosão usou cerca de 250 quilos de dinamite gelatinosa, que foram espalhados por três mil pontos, nos três pavilhões.
O governo de São Paulo, segundo Alckmin, está gastando cerca de 150 milhões de reais no processo de desativação do complexo, que era o maior da América Latina e chegou a abrigar 7.200 presos.
A maior parte dos recursos foi gasta na construção de 11 presídios no interior do estado, onde se encontram, agora, os condenados transferidos da capital.
A desativação do Carandiru foi concluída em 16 de setembro passado, com a transferência de seus últimos 74 presos para outras unidades.
O Carandiru ganhou uma triste fama mundial em outubro de 1992, quando uma rebelião de presos, no pavilhão 9, seguida de invasão policial para restabelecer o controle sobre o presídio, resultou em 111 mortes.
Em fevereiro de 2001 houve uma outra grande rebelião, a segunda em 46 anos de existência do complexo.
Esse motim foi liderado por presos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Um dos motivos para a desativação do Carandiru é a tentativa de desestruturar o grupo que comanda o PCC, segundo as autoridades.
Na parte demolida, o governo estadual pretende construir o Parque da Juventude, com atividades educacionais e de lazer.
Fonte: CNN





