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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Três angolanos de uma mesma família morrem em explosão

09/12/2002 13h18 – Atualizado em 09/12/2002 13h18

Três membros de uma família angolana, pai, mãe e filho, morreram no último sábado quando uma mina antipessoal que estava enterrada explodiu, informou hoje, o Jornal de Angola. A explosão, ocorrida nas cercanias da cidade de Kuito, capital da província central de Bié, aconteceu quando as vítimas tentaram acender uma fogueira para preparar comida. O calor do fogo detonou o artefato militar, assinala o jornal.

As zonas rurais da província de Bié, assim como as de Huambo e Cuando-Cubango, Malange e Huila, são as que mais sofrem com as seqüelas dos 27 anos de guerra civil e estão infestadas de minas antipessoais.

Recentemente, o jornal informou sobre outro acidente ocorrido em Andulo, na mesma província de Bié, no qual oito crianças ficaram gravemente feridas ao tentar desativar uma mina antipessoal que encontraram perto de suas casas.

No fim do mês de novembro sete membros da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) morreram nas proximidades de Mavinga, no sudeste do país, quando o veículo no qual viajavam ativou uma mina antipessoal.

Calcula-se que em Angola, que tem população de 10 milhões de habitantes, haja entre cinco e oito milhões de minas antipessonais e antitanque, das quais não existem mapas militares que estabeleçam sua localização.

A guerra civil angolana, que chegou ao fim este ano depois da assinatura de um armistício entre o Governo e a rebelde União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), causou a morte de quase um milhão de pessoas, deslocou mais de quatro milhões, além de ter arruinado um dos países potencialmente mais ricos da África Austral.

Fonte: Agência EFE

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