06/12/2002 08h36 – Atualizado em 06/12/2002 08h36
Seis membros de uma organização criminosa foram executados nas últimas horas em Beihai, no sul da China, imediatamente depois de a apelação que solicitaram ter sido negada pelos juízes. Os executados, membros de um grupo conhecido como “o bando de Xitou”, foram condenados por assassinato, assalto à mão armada, posse de armas e explosivos, apostas ilegais e fraude, delitos todos eles cometidos entre 1992 e 1999 e com a cumplicidade de seis oficiais de polícia da zona.
No mesmo julgamento, os policiais foram condenados a penas de prisão de dois a sete anos, assinalou a agência de notícias oficial chinesa, Xinhua. Outros três membros do grupo mafioso foram condenados à morte mas suas penas foram suspensas durante dois anos, uma situação habitual neste país e que costuma ser trocada por prisão perpétua. A execução de réus imediatamente após ser ditada a sentença é freqüente na China, em muitas ocasiões para evitar que a comunidade internacional possa pressionar a favor da redução da pena do condenado.
As notas oficiais nunca informam de como o réu é executado, mas as organizações pró-direitos humanos informam que o mais usual é um tiro na nuca, depois do que os familiares da vítima devem pagar pela bala. A China é, com grande diferença sobre os outros países do mundo, a nação na qual são ditadas mais condenações de morte, ao redor de 2.500 por ano, segundo a organização Anistia Internacional (AI). Em muitas ocasiões, as condenações à morte e as execuções não são tornadas públicas, por isso as cifras podem ser muito maiores, segundo a AI.
Fonte: Agência EFE




