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domingo, 21 de dezembro de 2025

Ciência realiza primeiro transplante para diabete do país

06/12/2002 14h15 – Atualizado em 06/12/2002 14h15

Médicos brasileiros realizaram no início desta semana o primeiro transplante de ilhotas pancreáticas do país, procedimento que dá aos pacientes com diabete do tipo 1 uma nova esperança de cura.

No último domingo, uma paciente de 45 anos, que sofria de diabete há 25 anos, recebeu o implante de ilhotas pancreáticas -estruturas que contêm as células beta responsáveis pela produção de insulina- no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ela corria risco de morte se não fosse submetida ao procedimento.

“O transplante foi muito bem-sucedido, não poderia ser melhor”, disse à Reuters Mari Cleide Sogayar, uma das coordenadoras do projeto de pesquisa, na quinta-feira. “Ela foi liberada na terça-feira e passa muito bem.”

O procedimento envolve o isolamento e a purificação das ilhotas pancreáticas de doadores já mortos. Depois, essas estruturas são implantadas no fígado de pacientes com diabete do tipo 1, que dependem de diversas injeções diárias de insulina para controlar a taxa de açúcar no sangue.

“Durante o implante, uma agulha é guiada por ultra-som até a veia porta do fígado. Depois, é introduzido um tubo, por onde são injetadas a ilhotas”, explicou Sogayar, coordenadora do laboratório de purificação de ilhotas do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ela, a função hepática da paciente está “100 por cento normal e controlada”.

Sogayar ressaltou, no entanto, que provavelmente a paciente precisará ser submetida a mais um transplante. “Um implante não é suficiente. A quantidade de ilhotas isoladas e implantadas corresponde a 25 a 40 por cento do total presente no pâncreas.”

Fonte: Yahoo!

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