05/12/2002 16h38 – Atualizado em 05/12/2002 16h38
CANBERRA – O Parlamento da Austrália deu luz verde nesta quinta-feira a pesquisas médicas com embriões humanos, depois que o Senado concordou em impor regras rígidas aos estudos e em limitar as linhagens de células-tronco que podem ser usadas.
As células-tronco extraídas de embriões são consideradas uma fonte promissora de pesquisas, devido a sua capacidade de originar os mais diversos tipos de tecidos humanos.
O Senado aprovou por 45 votos a 26 um projeto de lei que permite o uso de células-tronco de cerca de 70 mil embriões humanos criados em tratamentos de fertilização e armazenados.
A Câmara dos Representantes aprovara o projeto em setembro. Agora, cabe aos seis estados australianos elaborar legislações com base no parâmetro federal – a política de saúde é responsabilidade dos estados na Austrália.
A ministra da Saúde, Kay Patterson, disse a lei, como aprovada, permite aos pais dos embriões armazenados decidir se querem doá-los para pesquisa.
- Se muita gente tiver reservas, haverá muito poucos embriões por pesquisar. Este será o teste – disse a ministra.
A pesquisa de células-tronco embrionárias tornou-se um dos debates mais emocionais e ferrenhos no Parlamento da Austrália, desde a votação das leis estaduais de eutanásia, em meados dos anos 90. Por causa da controvérsia, os líderes partidários permitiram aos parlamentares votar segundo sua consciência, não em obediência a diretrizes dos partidos.
Fonte: Reuters




