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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Laboratório para pesquisas com animais gera protestos na Grã-Bretanha

04/12/2002 09h25 – Atualizado em 04/12/2002 09h25

LONDRES – Defensores dos direitos dos animais estão realizando manifestações contra os planos de construir um laboratório de pesquisas médicas na Grã-Bretanha que usaria cérebros de primatas para experiências.

O projeto da Universidade de Cambridge para construir um centro de pesquisas, de 37,5 milhões de dólares, sobre as doenças de Alzheimer e de Parkinson acabou gerando a abertura de uma investigação pública.

Os cientistas que lideram o projeto dizem que a instalação, que já tem o apoio do primeiro-ministro Tony Blair, vai ajudar em pesquisas médicas importantes.

Mas eles encontraram feroz oposição de ativistas de defesa dos animais que dizem que os cientistas vão retalhar milhares de primatas, como num açougue.

No meio da controvérsia estão funcionários da cidade que temem a ação dos defensores dos direitos dos animais, que já espancaram o gerente de uma instituição semelhante do ano passado, o Huntingdon Life Sciences.

Os investidores, na ocasião, chegaram a ser ameaçados de morte.

Wendy Higgins, diretora da British Union for the Abolition of Vivisection, um dos maiores grupos de defesa dos animais do país, disse que se opõe à violência, mas que é compreensível que a frustração leve algumas pessoas a agir com as próprias mãos.

Segundo ela, a construção do laboratório será uma prova de que o governo ignora os manifestantes.

A investigação aberta agora vai ouvir depoimentos de membros da universidade, da administração da cidade, da Polícia e de defensores dos animais.

Mas os ativistas dizem que não foi indicado nenhum investigador independente para participar das audiências e que tudo não passa de um jogo de cartas marcadas.

Um dos principais cientistas do país, Richard Sykes, do Imperial College, de Londres, foi citado como tendo dito que alguns dos melhores pesquisadores do país partiriam para o exterior se o centro não for construído.

Uma porta-voz da Universidade de Cambridge defendeu o laboratório como “vitalmente importante para pesquisas sobre doenças devastadoras e que ameaçam a vida” e acrescentou que os testes com animais seriam feitos seguindo estritamente as diretrizes do governo.

Fonte: Reuters

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