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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Interpol entra na luta contra o tráfico de animais

04/12/2002 09h36 – Atualizado em 04/12/2002 09h36

A Polícia Internacional (Interpol) ofereceu ontem ajuda para autoridades latino-americanas na luta contra o crescente tráfico de animais, que coloca muitas espécies em perigo. Autoridades policiais e defensores dos animais reuniram-se em Brasília para iniciar a formação de uma rede regional de informações a fim de combater o comércio ilegal de animais, que movimenta US$ 20 bilhões no mundo.

Os números conferem à atividade o terceiro lugar na lista mundial de crimes entre fronteiras, atrás do tráfico de armas e de drogas. A maioria dos animais contrabandeados vai para consumidores na América do Norte, Europa e Ásia.

“O estabelecimento de uma rede de informação na América do Sul é extremamente importante”, disse Washington Melo, chefe da Interpol no Brasil. De acordo com a Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Selvagens), cerca de 38 milhões de animais, de araras raras a cobras e macacos, são capturados por ano no país.

Somente um em cada 10 animais contrabandeados chega ao comprador. Cerca de 40% dos animais capturados no Brasil são mandados para o exterior através de complicadas redes que com frequência mandam as espécies para países vizinhos, onde conseguem permissões legais para o envio a mercados de países ricos.

Uma arara vermelha pode custar até 60.000 dólares nos Estados Unidos, Grã-Bretanha ou Japão. As aves são sedadas e colocadas em tubos de papelão, o que provoca muitas mortes. “Isso é um negócio internacional ilícito enorme”, disse Donna Hrinak, embaixadora dos EUA no Brasil. A Embaixada dos EUA colabora com a Renctas.

“A colaboração internacional é crucial para combater o tráfico”, disse. O Brasil abriga 85% do tesouro da biodiversidade amazônica. Cerca de 30 por cento dos animais e plantas do mundo estão na Amazônia.

Fonte: Reuters

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