03/12/2002 08h41 – Atualizado em 03/12/2002 08h41
O prefeito de Tangará da Serra, cidade do interior de Mato Grosso, Jaime Muraro (PFL), pode ser afastado do cargo. O Ministério Público pediu o afastamento em caráter liminar, em uma ação civil pública protocolada ontem na 4ª Vara Cível da Fazenda Pública do Estado.
A ação, pela prática de atos de improbidade administrativa, envolve 29 réus, e pede também a indisponibilidade dos bens do prefeito, para garantir futuros ressarcimentos. De acordo com o promotor Gilberto Gomes, a ação é o desdobramento de um caso de manipulação da privatização dos serviços de água e esgoto da cidade. O procedimento está sendo protocolado após oito meses de investigações.
Entre as provas que foram anexadas estão seis fitas K7. As gravações são resultado de uma triagem de 30 dias de interceptação telefônica de José Wagner dos Santos, assessor de Muraro. Entre as irregularidades apontadas na ação civil pública estão obras superfaturadas e construções particulares com utilização de material e mão de obra da prefeitura. “Umas das obras superfaturadas foi uma pavimentação asfáltica onde a empresa orçou 66 mil metros quadrados, pavimentou apenas 39 mil, mas recebeu pelos 66”, exemplificou o promotor.
Ao todo são 29 réus, sendo seis empresas e 23 pessoas físicas. Conforme o promotor, todos contribuíram de alguma forma para os atos de improbidade administrativa. A ação aberta pelo Ministério Público tramitará na própria comarca de Tangará.
Fonte: Gazeta Digital
