03/12/2002 13h16 – Atualizado em 03/12/2002 13h16
RIO – O diretor do Instituto Penal Esmeraldino Bandeira, que faz parte do complexo penitenciário de Bangu, Paulo Roberto Rocha, foi vítima de um suposto atentado quando saía de casa hoje de manhã, na Vila Aliança, que fica no mesmo bairro, na zona oeste. Dois homens que estavam numa moto dispararam vários tiros e Paulo Roberto reagiu. Ele estava com um colete à prova de balas, mas foi atingido na perna esquerda. Paulo Roberto foi à delegacia de Bangu para prestar queixa.
Diretor do Esmeraldino Bandeira há menos de dois meses, Paulo Roberto Rocha tem 25 anos de experiência no sistema prisional. Ele diz que gosta de caminhar pelo presídio, em vez de ficar na segurança de seu gabinete.
- Faço questão de visitar as galerias. Sinto pelo cheiro quando estão planejando uma fuga. Quando preparam algo, ficam tensos e aí suam, transpiram odor – afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, no mês passado.
Paulo Roberto começou como guarda penitenciário – lá no alto da guarita, de olho nos presos. No presídio, é respeitado e todo dia dá audiência a 20 detentos. Na reportagem do Globo, enquanto apresentava a cadeia ao repórter, conversava com vários deles – muitos circulando livremente, por conta do bom comportamento. A Esmeraldino Bandeira abriga 950 presos. São 64 por cela – ou alojamento coletivo, como o diretor chama. A Lei de Execuções Penais determina que as celas sejam individuais.
Fonte: Globonews
