03/12/2002 14h26 – Atualizado em 03/12/2002 14h26
A Polícia Civil requereu ontem à Justiça a quebra de sigilo bancário do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, para tentar comprovar que ele utilizou a revendedora de carros Diniz Car, de Nova Odessa (126 km de SP) para lavar dinheiro obtido em sequestros.
O delegado Rui Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) disse, por meio de assessoria, que os dados da movimentação de Andinho serão comparados com outros fornecidos por documentos apreendidos na revendedora, na semana passada.
Em depoimento feito no Deic, Andinho admitiu que usou a loja para encaminhar carros para integrantes de sua quadrilha.
Com o cruzamento de informações, a polícia quer embasar a confissão e medir a movimentação que foi feita, para pedir o sequestro de bens obtidos pelo sequestrador por meio da loja.
O pedido de rastreamento de movimentações financeiras de Andinho já foi feito também pela Deas (Delegacia Anti-Sequestro) de Campinas, no ano passado.
A apuração da Deas também quer descobrir imóveis adquiridos pelo sequestrador em nome de laranjas.
Caso Toninho
O advogado Sílvio Artur Dias da Silva, defensor público de Andinho, irá usar o testemunho de dez pessoas para embasar a defesa do acusado no processo que apura a morte do prefeito Antonio da Costa Santos. A defesa prévia do sequestrador foi protocolada ontem à tarde.
Entre as testemunhas, estão a mãe do sequestrador Valmir Conte, uma mulher sequestrada pelo bando de Andinho, três rapazes acusados do crime pela polícia de Campinas e o investigador que prendeu eles, Lázaro Constâncio, o Lazinho.
Também foram relacionados para depor um médico legista, dois homens que dizem ter ouvido pessoas arquitetarem o crime e uma testemunha que viu um homem rondar o carro de Toninho, com ele já morto.
Silva também pedirá a reconstituição do crime e uma perícia no carro do prefeito.
Fonte: Folha Campinas





